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Postada por: Thaís Mayara dia 10/01/2010
"Esquemas" para desviar água dão multa e até cadeia
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Fraude em cavaletes para desviar água e reduzir o valor da conta é considerada crime e além de multa pode até levar o infrator para a cadeia, segundo a polícia.

 

Em Amambai só no mês passado (dezembro) pelo menos 16 casos dessa natureza foram descobertos pelas equipes técnicas da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e mais de R$ 3,8 mil reais em muitas foram aplicadas aos infratores.

 

De acordo com o supervisor local da Sanesul, Enedir Viana Viera, diversas formas de fraudes são encontradas, desde as mais simples, como fazer ligações clandestinas, sem passar pelo relógio do cavalete, mais comuns em casos onde o serviço de distribuição de água já foi suspenso por falta de pagamento, até as mais sofisticadas como, por exemplo, abrir o cavalete e introduzir arame no hidrômetro para danificar o medidor, como até furar a parte superior do relógio e introduzir agulha para fazer o medidor de consumo girar mais lento.

 

Nova fraude

 

Uma nova fraude descoberta recentemente, que também já teve vários casos registrados em Amambai é a utilização de “morsa” para prender o marcador.

 

Os fraudadores encaixam um dos lados da morsa na parte metálica do hidrômetro e a outra sobre o pino do marcador e pressionam, com isso, apesar da água continuar passando normalmente, o marcador gira com lentidão, o que resulta em uma conta bem abaixo do valor, caso o consumo fosse pago integralmente.

 

“Esse sistema é usado geralmente em finais de semana ou em períodos entre as medições para evitar ser descoberto”, disse Enedir ao ressaltar que por conta disso, as fiscalizações estão sendo intensificadas também nesses períodos.

 

Autores vão responder criminalmente

 

De acordo com a supervisão do escritório local da Sanesul em Amambai, até agora os autores das fraudes sofreram apenas sanções administrativas, ou seja, o pagamento pelo dano provocado e multas por conta dos valores que deixaram de pagar durante o período que usufruíram do chamado “gato”, mas a partir desse mês (janeiro), os casos descobertos serão levados à polícia e os autores serão responsabilizados, além de administrativamente, criminalmente pelos atos praticados.

 

De acordo com o delegado titular de Polícia Civil em Amambai, Dr. Marcius Geraldo Cordeiro, pessoas flagradas cometendo fraudes dessa natureza são indiciadas em inquérito e enquadradas no artigo 155, parágrafo 3º do Código Penal Brasileiro (furto qualificado) e estão sujeiras a uma pena que varia de 2 a 8 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

 


Fonte: A Gazeta News







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