A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), apresentou variação de 0,51% em novembro, maior do que a taxa de 0,42% de outubro.
De acordo com os dados divulgados, nesta sexta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o indicador acumula alta de 5,58% neste ano, acima dos 4,95% de igual período de 2013.
No acumulado de 12 meses, o índice foi para 6,56%, um pouco abaixo dos 6,59% relativos aos 12 meses contados até outubro deste ano. Ainda assim, o IPCA está acima do teto da meta do governo (6,5% ao ano).
O item carnes, com 0,09 ponto percentual, permaneceu, pelo terceiro mês consecutivo, na liderança do ranking dos principais impactos. Os preços aumentaram 3,46% em novembro, mais do que em outubro (1,46%) e acumulam alta de 17,81% no ano.
No mês, as carnes chegaram a subir 7,51% na região metropolitana de Belém, seguida de Campo Grande (6,03%) e de Goiânia (5,87%). No ano, foi em Goiânia onde os preços mais aumentaram, 24,12%, com Belém a seguir, 22,95%.
Além das carnes, outros alimentos ficaram bem mais caros de um mês para o outro, sobressaindo a batata-inglesa, cujos preços aumentaram 38,71%, atingindo 75,49% em Salvador.
Assim, Alimentação e Bebidas, com 0,77%, deteve não só a maior variação como o maior impacto de grupo no mês, 0,19 ponto percentual, e foi responsável por 37% do IPCA de novembro.
Outros fatores
Entre os grupos que apresentaram crescimento na taxa de variação de outubro para novembro, destaca-se o dos Transportes, que foi para 0,43% por conta dos combustíveis (1,64%).
O preço do litro da gasolina ficou 1,99% mais caro, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 3,00% nas refinarias, em vigor a partir de 7 de novembro.
Goiânia foi destaque, com alta de 7,95% no mês. Desta forma, com 0,07 ponto percentual, foi da gasolina o segundo lugar dos impactos.
A energia elétrica, com aumento de 1,67%, também figura entre os principais impactos, com 0,05 ponto percentual.
As maiores variações foram registradas em Fortaleza (10,18%) e Salvador (6,97%), em decorrência de aumentos no PIS/PASEP/COFINS, além do Rio de Janeiro (8,83%), onde ocorreu reajuste de 17,75%, em 7 de novembro, em uma das concessionárias. Os itens aluguel residencial (0,60%), mão de obra (0,98%) e gás de botijão (0,56%) também pressionaram o grupo Habitação, que ficou em 0,69%.
Também no grupo Habitação, cabe destacar que a taxa de água e esgoto apresentou variação de -0,26% em decorrência da região metropolitana de São Paulo, cujo resultado de -1,27% levou em conta a maior intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.
Aumentos nos serviços de cabeleireiro (1,26%) e manicure (1,10%) foram outros destaques no mês, pressionando, junto com excursão (1,39%), o grupo Despesas Pessoais (0,48%). Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,42%) sobressaem os serviços médicos e dentários (0,91%).
Os grupos Educação (0,21%) e Comunicação (0,08%) também apresentaram resultados acima daqueles registrados no mês anterior, enquanto os Artigos de Residência (-0,04%) e Vestuário (0,39%) ficaram abaixo.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (1,21%) onde os combustíveis (7,84%) foram responsáveis por 0,53 ponto percentual do índice do mês, com alta de 7,95% na gasolina e de 9,70% no etanol. Além disso, o aumento de 3,28% nos preços dos alimentos consumidos no domicílio pressionou o resultado. O menor índice foi o de Vitória (0,03%), com as contas de energia elétrica 6,73% mais baratas em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS.
Preços ao Consumidor
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apresentou variação de 0,53% em novembro e ficou acima do resultado de 0,38% de outubro em 0,15 ponto percentual.
Com isto, a variação no ano foi para 5,57%, acima da taxa de 4,81% relativa a igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice está em 6,33%, próximo dos 6,34% relativos aos doze meses anteriores. Em novembro de 2013 o INPC havia sido 0,54%.
Os produtos alimentícios apresentaram alta de 0,75% em novembro, enquanto os não alimentícios ficaram em 0,43%. Em outubro, os resultados foram 0,44% e 0,35%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (1,27%) onde os combustíveis (7,97%) foram responsáveis por 0,36 ponto percentual do índice do mês, com alta de 7,95% na gasolina e de 9,70% no etanol.
Além disso, o aumento de 3,37% nos preços dos alimentos consumidos no domicílio também pressionou o resultado. O menor índice foi o de Vitória (-0,03%), com as contas de energia elétrica 6,71% mais baratas em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS.
Fonte: R7