Página Inicial | TERÇA-FEIRA, 05 DE NOVEMBRO DE 2024
Postada por: João Guizolfi dia 05/12/2014
Carne pressiona inflação que permanece acima do teto da meta
Compartilhar Notícia
As carnes, com 0,09 ponto percentual, permaneram, pelo terceiro mês consecutivo, na liderança do ranking dos principais impactos (Foto: Divulgação)


A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), apresentou variação de 0,51% em novembro, maior do que a taxa de 0,42% de outubro.


De acordo com os dados divulgados, nesta sexta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o indicador acumula alta de 5,58% neste ano, acima dos 4,95% de igual período de 2013.


No acumulado de 12 meses, o índice foi para 6,56%, um pouco abaixo dos 6,59% relativos aos 12 meses contados até outubro deste ano. Ainda assim, o IPCA está acima do teto da meta do governo (6,5% ao ano).


O item carnes, com 0,09 ponto percentual, permaneceu, pelo terceiro mês consecutivo, na liderança do ranking dos principais impactos. Os preços aumentaram 3,46% em novembro, mais do que em outubro (1,46%) e acumulam alta de 17,81% no ano.


No mês, as carnes chegaram a subir 7,51% na região metropolitana de Belém, seguida de Campo Grande (6,03%) e de Goiânia (5,87%). No ano, foi em Goiânia onde os preços mais aumentaram, 24,12%, com Belém a seguir, 22,95%.


Além das carnes, outros alimentos ficaram bem mais caros de um mês para o outro, sobressaindo a batata-inglesa, cujos preços aumentaram 38,71%, atingindo 75,49% em Salvador.


Assim, Alimentação e Bebidas, com 0,77%, deteve não só a maior variação como o maior impacto de grupo no mês, 0,19 ponto percentual, e foi responsável por 37% do IPCA de novembro.


Outros fatores


Entre os grupos que apresentaram crescimento na taxa de variação de outubro para novembro, destaca-se o dos Transportes, que foi para 0,43% por conta dos combustíveis (1,64%).


O preço do litro da gasolina ficou 1,99% mais caro, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 3,00% nas refinarias, em vigor a partir de 7 de novembro.


Goiânia foi destaque, com alta de 7,95% no mês. Desta forma, com 0,07 ponto percentual, foi da gasolina o segundo lugar dos impactos.


A energia elétrica, com aumento de 1,67%, também figura entre os principais impactos, com 0,05 ponto percentual.


As maiores variações foram registradas em Fortaleza (10,18%) e Salvador (6,97%), em decorrência de aumentos no PIS/PASEP/COFINS, além do Rio de Janeiro (8,83%), onde ocorreu reajuste de 17,75%, em 7 de novembro, em uma das concessionárias. Os itens aluguel residencial (0,60%), mão de obra (0,98%) e gás de botijão (0,56%) também pressionaram o grupo Habitação, que ficou em 0,69%.


Também no grupo Habitação, cabe destacar que a taxa de água e esgoto apresentou variação de -0,26% em decorrência da região metropolitana de São Paulo, cujo resultado de -1,27% levou em conta a maior intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.


Aumentos nos serviços de cabeleireiro (1,26%) e manicure (1,10%) foram outros destaques no mês, pressionando, junto com excursão (1,39%), o grupo Despesas Pessoais (0,48%). Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,42%) sobressaem os serviços médicos e dentários (0,91%).


Os grupos Educação (0,21%) e Comunicação (0,08%) também apresentaram resultados acima daqueles registrados no mês anterior, enquanto os Artigos de Residência (-0,04%) e Vestuário (0,39%) ficaram abaixo.


Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (1,21%) onde os combustíveis (7,84%) foram responsáveis por 0,53 ponto percentual do índice do mês, com alta de 7,95% na gasolina e de 9,70% no etanol. Além disso, o aumento de 3,28% nos preços dos alimentos consumidos no domicílio pressionou o resultado. O menor índice foi o de Vitória (0,03%), com as contas de energia elétrica 6,73% mais baratas em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS.


Preços ao Consumidor


O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apresentou variação de 0,53% em novembro e ficou acima do resultado de 0,38% de outubro em 0,15 ponto percentual.


Com isto, a variação no ano foi para 5,57%, acima da taxa de 4,81% relativa a igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice está em 6,33%, próximo dos 6,34% relativos aos doze meses anteriores. Em novembro de 2013 o INPC havia sido 0,54%.


Os produtos alimentícios apresentaram alta de 0,75% em novembro, enquanto os não alimentícios ficaram em 0,43%. Em outubro, os resultados foram 0,44% e 0,35%, respectivamente.


Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (1,27%) onde os combustíveis (7,97%) foram responsáveis por 0,36 ponto percentual do índice do mês, com alta de 7,95% na gasolina e de 9,70% no etanol.


Além disso, o aumento de 3,37% nos preços dos alimentos consumidos no domicílio também pressionou o resultado. O menor índice foi o de Vitória (-0,03%), com as contas de energia elétrica 6,71% mais baratas em função das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS.


Fonte: R7







Naviraí Diário | Todos os Direitos Reservados