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Postada por: João Guizolfi dia 06/11/2014
Donos das empresas de ônibus podem faturar até R$ 2 milhões a mais por mês com reajuste
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Se emplacarem o aumento que estão cobrando na tarifa de ônibus, os empresários que exploram o transporte coletivo urbano de Campo Grande podem embolsar mais quase R$ 2 milhões por mês. Apesar das reclamações sobre a qualidade do serviço oferecido, os donos cogitam reajuste de até R$ 0,30. Atualmente o passe já é de R$ 2,70.


A perspectiva do aumento milionário no faturamento leva em conta a média de 210 mil passagens por dia. A tarifa em Campo Grande chegou a R$ 2,75, mas o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) baixou o valor em cinco centavos com isenção fiscal para os empresários depois que a cerca de 60 mil manifestantes foram às ruas em junho de 2013.


Atualmente, com a passagem custando R$ 2,70, as empresas faturam cerca de R$ 567 mil por dia. Caso consigam o aumento para R$ 3, passarão a faturar R$ 630 mil diários. No mês, o faturamento saltaria de R$ 17,5 milhões para R$ 19.530.000,00.


Sem detalhar, o gerente operacional do Consórcio Guaicurus, Carlos Lopes, diz que o aumento se justificaria porque 'as empresas possuem muitas despesas'. “Temos de fazer manutenção em 595 carros cujo consumo de diesel é muito alto. Sem falar da mão de obra que representa um custo altíssimo”, resume.


Sobre a falta de qualidade apontada pelos passageiros, Lopes diz que a construção de corredores pode melhorar o serviço. Segundo ele, seria uma solução para diminuir os custos e atrair mais usuários, já que pelo sétimo ano consecutivo os passageiros estão migrando para outros meios de transporte.


“A maior queixa do público é a demora na chegada dos carros. Com corredores, o passageiro vai chegar rapidinho ao seu destino, sem falar que isso economiza combustível”, destaca. A solução, no entanto, fica na conta do poder público.


A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que há projetos para construção de corredores na Avenida Bandeirantes; Avenida Afonso Pena; Rua Ceará e na saída parea São Paulo, contudo, mais detalhes só poderiam ser dados pela Prefeitura.


Por sua vez, a Prefeitura de Campo Grande não respondeu aos contatos feitos pela reportagem para detalhar a quantas andam os projetos e quanto custariam de investimento aos bolsos do contribuinte.


Fonte: Midiamax News







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