A eleição para governador em Mato Grosso do Sul é proporcionalmente a mais cara do país, de acordo com dados da prestação de contas dos candidatos divulgados pelo TSE no último fim de semana.

Segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo, em média, os candidatos ao governo estão gastando R$ 17 por voto no Estado, considerando os gastos das campanhas e o eleitorado local.

Devido às elevadas despesas de três, dos seis candidatos no processo que sucederá André Puccinelli – Delcídio Amaral (PT), Reinaldo Azambuja (PSDB) e Nelson Trad (PMDB) – o gasto em MS já soma R$ 31 milhões e supera grandes colégios no país, como Rio e Minas.

Também estão no topo do ranking do “custo do voto” dois dos Estados com menor população do país – Roraima e Tocantins, com R$ 15,37 e R$ 8,63, respectivamente.

Na outra ponta está o Acre, com custo médio de R$ 0,71 por eleitor. O voto em Mato Grosso do Sul, por exemplo, “custa” 24 vezes mais do que no Acre.

O segundo Estado com despesas proporcionalmente menores é o Rio Grande do Sul, com R$ 0,74. O cálculo feito pelo jornal computa apenas as despesas feitas pelas candidaturas, excluindo gastos de comitês e das direções partidárias.

Confira abaixo o custo médio por eleitor das campanhas nos Estados:

Estado/Eleitorado/Gasto por eleitor em R$

MS / 1.818.937/ 17,06

RR / 299.558 / 15,37

TO / 996.887 / 8,63

PB / 2.835.882 / 8,36

DF / 1.897.677 / 8,03

AL / 1.995.727 / 7,2

AM / 2.226.891 / 6,62

RN / 2.327.451 / 6,39

AP / 455.514 / 6,37

MT / 2.189.703 / 5,36

RO / 1.127.154 / 5,05

ES / 2.653.536 / 3,77

SE / 1.454.165 / 3,62

CE / 6.271.553 / 2,92

PE / 6.356.307 / 2,85

MA / 4.497.336 / 2,01

GO / 4.331.733 / 1,95

SP / 31.998.432 / 1,87

RJ / 12.141.145 / 1,87

PR / 7.865.950 / 1,48

BA / 10.185.417 / 1,4

MG / 15.248.861 / 1,23

SC / 4.859.324 / 1,17

PI / 2.345.694 / 0,95

PA / 5.188.450 / 0,8

RS / 8.392.033 / 0,74

AC / 506.724 / 0,71