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Postada por: João Guizolfi dia 10/09/2014
Área de soja no país crescerá a 31,6 milhões de hectares na próxima safra
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Foto: Divulgação


Os produtores brasileiros devem semear 31,6 milhões de hectares com soja na safra 2014/2015, apontou a Agroconsult. Durante evento online "Cenários Agroconsult", a consultoria estimou avanço de 1,5 milhão de hectares ante os 30,1 milhões de hectares de 2013/2014. Para a produção, a projeção é de 95,1 milhões de toneladas, ante 87,8 milhões de toneladas em 2013/2014.


– A soja vai roubar espaço do milho, do algodão, do feijão 1ª safra e ainda deve ter expansão de área em cima de pastagens – destacou o sócio-analista da Agroconsult Douglas Nakazone. Ele salientou ainda que a perspectiva de El Niño tende a contribuir para produtividades próximas dos recordes.


Para a safra de verão de milho, a Agroconsult prevê que a área diminuirá para 6,2 milhões de hectares, ante 6,6 milhões de hectares em 2013/2104. A produção em primeira safra, segundo a consultoria, deve cair para 29,2 milhões de toneladas em 2014/2015, ante 29,8 milhões de toneladas no ciclo anterior. A redução, segundo Nakazone, se deve tanto à migração para a soja, em virtude da possibilidade de melhor remuneração, como pela concentração da produção brasileira de milho na segunda safra (safrinha), cultivada após a safra de verão.


Preços


Os preços médios da soja devem ser de US$ 11/bushel e os do milho de US$ 3,75/bushel em 2014/2015, segundo estimativa da consultoria, o que deve estimular o produtor brasileiro a trocar milho pela soja pelo menos na produção de verão.


– Nós achamos possível, sim, que os preços em Chicago caiam abaixo de US$ 10/bushel, mas não irão se manter nesse patamar por muito tempo – salientou Nakazone.


Para ele, o produtor brasileiro deve resistir em vender a oleaginosa em patamar muito abaixo de US$ 11/bushel. A ideia de segurar os estoques em busca de valores melhores deve ser favorecida pelos altos rendimentos obtidos nas últimas safras, quando o produtor conseguiu criar uma "reserva", apontou Nakazone.


– A resistência do produtor em vender deve ser um importante fundamento do mercado nos próximos meses.


Segundo ele, o nível limite de preço para compensar o custo ficaria, em média, em torno de US$ 9/bushel em 2014/2015.


– O Brasil precisa repensar o negócio do milho. A solução é a China passar a ser importadora de milho como é na soja, o que ampliaria o mercado de milho. Outro ponto de vista que independe do aumento do mercado é que precisamos ser mais competitivos, ter logística mais eficiente – salientou Nakazone.


Fonte: Estadão







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