Os bancários começam a negociar as reivindicações referentes aos salários e outros benefícios da categoria nos dias 19 e 20 de agosto. As negociações acontecem em São Paulo e o presidente do SEEB Naviraí (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos 

Bancários de Naviraí e Região), Moacir Januário Fogaça, deverá representar os municípios que compõem a base sindical na região.

Ao conversar com a Folha de Naviraí nesta terça-feira, 12 de agosto, Moacir Januário diz que mesmo em ano eleitoral não acredita que haverá um acordo imediato entre os representantes dos bancários e os banqueiros. Historicamente as greves acabam sendo inevitáveis e para 2014 o sindicalista crê que não será diferente.

– Serão necessárias um total de seis rodadas de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e os representantes dos bancos. 

Não havendo acordo após a sexta rodada de negociação, a greve geralmente é deflagrada – explica Moacir Januário.

No ano passado o indicativo de greve perdurou entre os dias 19 de setembro e 12 de outubro em Naviraí.

– Esperamos que não seja necessário a greve, mas se for preciso a categoria está preparada e unida. Tanto os bancários da rede pública, quanto os que trabalham nos bancos privados – afirma Januário.

A pauta de reivindicações dos bancários foi entregue na segunda-feira, 11 de agosto. Entre as principais reivindicações estão: reajuste salarial de 12,5%; PLR (Participação nos Lucros e Resultado): três salários mais R$ 6.247,00; piso salarial de R$ 2.979,25 que corresponde ao salário mínimo do Deese em valores de junho; vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 724,00 ao mês para cada salário mínimo nacional; melhores condições de trabalho, com o fim de metas abusivas e assédio moral; fim das demissões e da rotatividade, com mais contratações e proibição às dispensas imotivadas; Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos os bancários, entre outros benefícios.

A pauta específica de reivindicações foi entregue pelo Comando Nacional dos Bancários na segunda-feira (11) aos representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, além dos bancos públicos.