Roberson também reclama da falta de organização do futebol pantaneiro (Foto: Simão Nogueira)

O Estado virou um pólo exportador de craques nos últimos anos. Nomes como Jean (São Paulo), Keirrison (Barcelona), Lucas (Liverpool), Roberson (Grêmio), Alex Cruz (Flamengo) e Douglas (Vila Nova), deram os primeiros passos da carreira em times de base em Mato Grosso do Sul.

O futebol no Estado, porém, não “bate um bolão” nos últimos tempos. Há dificuldades financeiras, poucos locais de treinamento, estádios com infra-estrutura precária.

O volante do São Paulo, Jean, 23 anos, que passa férias no Estado, acha que o problema do futebol é estrutura e administração. O jogador disse que os técnicos e jogadores são profissionais responsáveis, mas falta seriedade aos administradores dos times. “Todos querem receber algo do jogador, ninguém ajuda de graça, sempre querem porcentagem”, desabafa.

Jean jogou na equipe de base do Operário e do Comercial e foi para o São Paulo aos 15 anos.

O goleiro do Vila Nova (GO), Douglas, 20 anos, diz que uma organização de futebol profissional no Estado “faz muita falta” e que muitos talentos são desperdiçados. “Aqui não tem times na série B, nem série C (do Brasileirão). Fica difícil a exposição dos talentos”.

O atacante do Grêmio, Roberson, 20 anos, começou no futsal e passou por times de algumas escolas da Capital. Jogou no juvenil do Cene e em 2006 ingressou na equipe de base do time gaúcho.

Roberson também reclama da falta de organização do futebol pantaneiro: “Falta uma estrutura para revelar a gurizada. Há bons jogadores, se eles tivessem mais oportunidades, poderiam ser grandes talentos”.

Os craques sul-mato-grossenses que brilham no futebol nacional estarão no “Amigos da Paz”, realizado amanhã, a partir das 8h, no campo de futebol Francisco Mendes, o “Chicão”, no Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza, em Campo Grande.

Fonte: CampoGrandeNews