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Postada por: Jr Lopes dia 24/11/2013
Meteorologia prevê verão sem ocorrência de El Niño e La Niña
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Chuvas devem ficar cada vez mais escassas no Mato Grosso do Sul e estados da região sul do Brasil (Foto: Divulgação)


O verão que começa no dia 21 de dezembro traz consigo a maior safra do país, desencadeando a maior atividade produtora do agronegócio. Pelo segundo ano consecutivo, estamos vivendo um ano de neutralidade climática, ou seja, sem a presença dos fenômenos El Niño ou La Niña. Desta maneira, prevalecem as características climáticas de cada região e o produtor pode ficar mais tranquilo em relação aos eventos extremos que potencializam possíveis prejuízos para as lavouras.


Em anos neutros, secas severas ou enchentes são bem mais difíceis de acontecer e as estatísticas mostram bons resultados nas safras de grãos. Como é típico em anos de neutralidade, entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro aumentam as chances de estiagens regionalizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e também em Mato Grosso do Sul – Estado que apresenta características semelhantes ao clima da região Sul. No entanto, estes são Estados que receberam altos volumes de chuva nos últimos meses e estão apresentando condições de umidade do solo extremamente favoráveis para o desenvolvimento da safra de verão, especialmente no sul do Mato Grosso do Sul.


Na semana passada, cidades do noroeste gaúcho receberam 200 milímetros acumulados em poucos dias de chuva por conta da passagem de uma frente fria. Para as lavouras de arroz, nem esses eventuais períodos de estiagem trazem preocupações, já que esta cultura teve altos volumes de chuva durante a primavera, o que garantiu a recomposição dos níveis dos reservatórios e barragens.


Portanto, essa escassez de chuva que a região Sul deve passar nos próximos três meses não deve alarmar o produtor, afinal boa parte do centro-sul do país está com 100% de umidade do solo. De acordo com os modelos climáticos de previsão do tempo da Somar Meteorologia, as chuvas só voltam a ficar significativas, com volumes acima dos 20 milímetros acumulados no ano que vem.


Até lá, teremos a passagem de frentes frias, mas estes sistemas não terão suporte de umidade o suficiente para provocar chuva forte como ocorreu nas últimas semanas. Em Passo Fundo, no médio norte gaúcho por exemplo, é só a partir do dia 25 de janeiro de 2014 que os volumes de chuva voltam a ganhar intensidade e chegar aos 39 milímetros acumulados em apenas um dia.


Fonte: Somar Meteorologia







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