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Postada por: Jr Lopes dia 24/09/2013
Prefeito de Naviraí defende mais recursos para saúde e Hospital Regional
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Prefeito de Naviraí Léo Matos participou da CPI da Saúde (Foto: Divulgação)


Na tarde de ontem (23), os parlamentares da CPI da Saúde no Mato Grosso do Sul ouviram o prefeito de Naviraí, Leandro Peres de Matos (PV), o qual destacou que o Governo do Estado precisa com urgência criar Hospitais Regionais nas cidades polos. “A criação dessas unidades, a contratação de mais médicos, parcerias com os municípios e a destinação de mais recursos vão resolver praticamente boa parte dos problemas da saúde em Mato Grosso do Sul”, comentou.


Leandro reclamou aos parlamentares que Naviraí vem recebendo repasses inferiores a outros municípios com menor índice populacional. “Do início do ano até agora a União destinou R$ 7 milhões, 625 mil. O Estado, R$ 1 milhão, 680 mil. O município investe em média 21% da sua receita mensalmente na saúde. Hoje resolvermos cerca de 80% dos atendimentos. O restante mandamos para Campo Grande”, disse.


Para finalizar, o prefeito de Naviraí disse que hoje a saúde é um dos maiores gastos da Prefeitura Municipal. “São mais de 500 profissionais. A folha da saúde é a mais alta. Entendo que médico precisa ganhar bem, pois afinal de contas ele trabalha com vidas. Hoje, em Naviraí, praticamente todos os médicos cumprem a carga horária nos Postos de Saúde da Família”, concluiu.


FREDERICO


O Presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul, Frederico Marcondes Neto, acredita que os investimentos na saúde melhoraram nos últimos anos, mas destacou que a União e o Governo do Estado precisam investir ainda mais no setor. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (23) durante oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa.


Segundo ele, as cidades assumem a maioria das despesas da saúde. “Cada Posto de Saúde da Família custa em média R$ 40 mil mensais. A União repassa R$ 6 mil e o Governo do Estado mais R$ 3 mil. O restante é de responsabilidade do gestor municipal. O Sistema Único de Saúde (SUS) não tem o financiamento que merece. Hoje precisamos discutir políticas que possam melhorá-lo”, esclareceu.


Segundo Frederico Marcondes Neto, o Governo do Estado precisa com urgência pensar nas políticas para as microrregiões. “Temos que fortalecer a regionalização e fazê-la funcionar, pois só assim vamos amenizar os problemas da saúde nas localidades do interior do Estado. É necessário criar mais polos estruturados. Municípios grandes que atendem vários pacientes recebem menos recursos que regiões menores”, falou.


Por fim, Frederico Marcondes Neto esclareceu aos deputados que a terceirização de serviços de saúde no interior do Estado é necessária. “Em algumas cidades é praticamente impossível ter um neurologista. Às vezes demora demais conseguir uma transferência para Campo Grande, o que é arriscado para a saúde do paciente, e então o mais viável é a licitação do serviço”, finalizou dizendo que hoje a maioria dos médicos trabalha por contrato e muitos deles se negam a participar de concurso público alegando que a remuneração é baixa.


Fonte: Assessoria







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