Página Inicial | SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2024
Postada por: Andrey Vieira dia 09/12/2009
Acusado de matar menina a pedradas vai a juri
Compartilhar Notícia

A Justiça de Dourados leva a juri popular hoje, a partir das 13h, o acusado do assassinato da adolescente Dilma, morta aos 15 anos. Segundo a polícia, Nilson Barbosa Melgarejo, de 22 anos, teria confessado o crime. A menina sofreu violência física e foi morta a pedradas na noite do dia 2 de julho do ano passado.


A irmã dela, Mariluci de Oliveira,  24 anos, foi a última pessoa da familia que falou com Dilma, pouco antes do homicídio. "Eu sai da casa de minha mãe e disse: vamos comigo até a esquina".


Mariluci pediu emprestado o celular dela, para contatar o marido. A vítima ficou em companhia da irmã, até a chegada do cunhado. "No outro dia cedo, recebi a notícia de que ela foi encontrada morta. Dali onde a gente estava ao lugar onde ela foi morta gastava uns cinco minutos à pé, eram umas quatro quadras", conta Marluci.


Elida, mãe delas,  perguntou para a filha mais nova sobre o paradeiro de Dilma, antes de ir para a igreja. "Ela está com a Téia (Marluci)", respondeu a garota. Ao retornar para casa, no Jóquei Clube,  a mãe não estranhou a falta de Dilma, pensando que ela tinha ido dormir na casa da irmã, no Parque das Nações II.


No dia seguinte, Elida foi para o posto de saúde, marcar consulta porque é hipertensa. Viu uma aglomeração e foi informada de que havia uma mulher morta ali. "Ela ainda comentou: coitada desta mãe. Ela pensou que se tratava de uma funcionária da Seara, porque Nilson tinha deixado cair no local, a identidade e o crachá dele", conta Marluci.


No dia 13 de agosto, familiares e amigos da garota de 15 anos, assassinada à pedradas no último dia 2 de julho em Dourados, fizeram um protesto em frente ao fórum do município.


Com faixas e camisetas personalizadas, os mais de 50 manifestantes pediram que Nilson ficasse na cadeia.


Conforme noticiou o Douradosagora, o acusado foi autuado, no dia 3 de julho, um dia depois do crime, após a polícia localizar os documentos dele no local do crime. Na ocasião, segundo a polícia, ele acabou confessando o crime. De acordo com o irmão da vítima, Paulo de Oliveira, o motivo do protesto, se deu pelo fato de que o suspeito teria mudando a versão dos fatos. "Agora ele está dizendo que não matou a minha irmã e por esta razão pode acabar sendo solto. Queremos que ele continue preso", disse à época.


Segundo noticiou o Douradosagora, o industriário Nilson Barbosa Melgarejo, à época com 21 anos, confessou a autoria do homicídio que vitimou a jovem, que residia no Jóquei Clube. Ele foi autuado e, a princípio, negou participação no crime. No entanto, por volta das 22h, Nilson acabou confessando ao delegado da Polícia Civil de Dourados,  Gilberto Pereira da Silva, que matou.


O corpo da vítima foi encontrado na manhã de quarta-feira numa mata no Corredor de número 9, na Chácara Califórnia, próximo à cancha do Jóquei Clube. A menina foi morta a pedradas na cabeça e ficou desfigurada. Na cena do crime, a polícia apreendeu documentos em nome de Nilson, que tinha registrado queixa na delegacia logo depois do homicídio. Ele declarou que tinha sido assaltado e inclusive acusou uma pessoa, envolvendo também um colega que negou toda a história.


Durante depoimento, Nilson contou que tinha bebido uma caixa de cerveja com amigos pouco antes de se encontrar com a jovem. Ele confirmou ainda que mantiveram relações sexuais, porque eles teriam um "caso".


Marluci, irmã de Dilma, contou ao Douradosagora que ninguém nunca tinha visto ela com o rapaz. "Nem eu, nem minha mãe, nenhuma amigo. Na época, meu irmão mais velho também trabalhava na Seara. Ele conta que vária vezes Nilson falou: "ô cunhado", mas o meu irmão não deu confiança mesmo porque nós somos em várias irmãs. Meu irmão, que trabalhava na mesma empresa com Nilson, nunca imaginou que ele faria isto", conta Marluci.


Nilson, que é casado com outra jovem, conta que a vítima revelou que estaria grávida dele. Ele diz que, por medo da esposa ficar sabendo,  acabou praticando o crime. Acrescentou ainda que estava embriagado, porque tinha bebido pouco antes, e "perdeu a cabeça". Contou que depois das pedradas na cabeça na menina notou que ela ainda respirava, foi até à bicicleta e pegou uma chave de fenda, que usou para golpear o tórax dela. Ele ainda tentou esconder o corpo.


Ao lado do corpo, a polícia apreendeu roupas da menina, uma camisinha usada e, além dos documentos de Nilson, o telefone da vítima com uma chamada ao 190 do Centro de Atendimento (Ciops) da Polícia Militar. Ela possivelmente tentou pedir socorro, depois de sofrer violência sexual e ser espancada.


O delegado acredita que ela tentou pedir socorro, por volta das 19h45, mas não conseguiu. Ela foi morta a pedradas por volta das 19h50. Nilson registrou queixa na delegacia, contra o suposto assalto sofrido, uma hora depois. O delegado disse ao Douradosagora que Nilson teria montado um álibi porque notou que tinha perdido os documentos, mas não sabia onde.


O delegado disse que durante checagem na casa do acusado a polícia apreendeu roupas dele com carrapichos semelhantes aos que existem na mata onde a menina morreu. Numa camisa também há manchas de sangue ou esperma, que serão identificadas por exames específicos periciais.


Conforme a polícia, Nilson tinha passagens pelo porte ilegal de arma de fogo e já esteve preso.


Fonte: DouradosAgora







Naviraí Diário | Todos os Direitos Reservados