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Postada por: Andrey Vieira dia 16/05/2013
'Prévia do PIB' tem crescimento no primeiro trimestre de 2013
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A economia brasileira iniciou o ano de 2013 acelerando, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (16) pelo Banco Central.


O Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária, registrou aumento dessazonalizado de 1,04% no primeiro trimestre deste ano sobre os três últimos meses do ano passado. Neste caso, a comparação foi feita pelo indicador dessazonalizado.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira que o resultado do IBC-Br no primeiro trimestre foi "muito bom", mas não quis fazer mais comentários.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2012, ainda de acordo com informações da autoridade monetária, sem ajuste sazonal (considerado mais apropriado por especialistas), o avanço do IBC-Br fo um pouco maior: de 1,79%.


O resultado oficial do PIB do primeiro trimestre será conhecido somente no dia 29 de maio, em divulgação que será feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Maior expansão trimestral desde 2011

O crescimento dessazonalizado de 1,04% no primeiro trimestre deste ano foi a maior taxa de expansão trimestral desde o primeiro trimestre de 2011 - quando o indicador avançou 1,45%, ainda segundo dados da autoridade monetária. No primeiro trimestre de 2012, por exemplo, o IBC-Br recuou 0,48%. No segundo e terceiros trimestres do ano passado, avançou 0,26% e 0,82%, respectivamente. No quatro trimestre de 2012, por sua vez, subiu 0,62%. Todas comparações foram feitas contra o trimestre imediatamente anterior.


Mês a mês
Somente em março, o IBC-Br registrou crescimento dessazonalizado de 0,72%, segundo infomrou o Banco Central. Trata-se da maior expansão desde janeiro deste ano, quando o indicador registrou alta de 1,05%. Em fevereiro deste ano, por sua vez, a expansão foi de 0,36%.


PIB em 2012 e previsões para este ano
Em todo o ano passado, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a economia brasileira registrou crescimento de 0,9%. O resultado – que ficou muito longe dos 4% esperados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no final de 2011 - foi o pior desde 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) havia registrado recuo de 0,3%.


O fraco desempenho da economia aconteceu, em 2012, apesar de várias medidas anunciadas pelo governo no decorrer do ano passado, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, além do corte dos juros básicos da economia, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios.


O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma expansão da economia acima de 4% para este ano no fim de 2012, revisou seus números após a divulgação do PIB do ano passado, e, neste momento, projeta uma expansão entre 3% e 4% em 2013. Ele espera que as medidas adotadas no ano passado tenham impacto em 2013. O mercado financeiro, por sua vez, estima um crescimento do PIB próximo de 3% para este ano.


IBC-Br
Antes divulgado por estados e por regiões, desde o início do ano passado o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além de impostos.


"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central.
Definição dos juros


O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 7,5% ao ano.


Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.


Depois de cair desde agosto de 2011, o BC decidiu, em novembro do ano passado, interromper o ciclo de cortes nos juros básicos da economia e manteve a taxa inalterada até março deste ano no mesmo patamar. Em abril, subiu a taxa para 7,5% ao ano.


Fonte: G1







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