A produção de grãos em Mato Grosso do Sul saltou de 11,610 milhões de toneladas na safra 2011/2012 para 13,173 milhões de toneladas na 2012/2013, crescimento de 13,5%. Os números fazem parte do 8º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (9). O estudo foi realizado entre os dias 22 e 26 de abril.

A área e a produtividade de grãos no estado também registraram crescimento, segundo a pesquisa. Esta safra teve 3,606 milhões de hectares de área plantada, aumento de 10,8% em relação à ciclo de produção anterior. Já a produtividade cresceu 2,4% e totalizou 3.653 quilos por hectare.

A soja é a principal responsável pelos números positivos. A área plantada cresceu 11,1% em relação ao ciclo anterior, atingindo 2,017 milhões de hectares. A produtividade teve aumento de 12,9% e atingiu 2.880 kg/ha na safra 2012/2013. Com isso, a produção bateu 5,8 milhões de toneladas, salto de 25,5% em relação à última safra.

O milho safrinha teve aumento de 18,4% na área plantada e totalizou 1,420 milhões de hectares na safra 2012/2013, enquanto a produtividade caiu 7,8%: de 5,1 mil quilos por hectare no ciclo anterior para 4,7 mil no atual.

A produção do grão subiu de 6,117 milhões de toneladas na safra 2011/2012 para 6,674 milhões de toneladas na atual, crescimento de 9,1%. Na soma da primeira e segunda safras de milho, Mato Grosso do Sul registrou aumento de 7,1% na produção. Foram 6,576 milhões de toneladas na safra passada contra 7,044 milhões na atual.

Cenário

Segundo o consultor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Lucas Galvan, o aumento da produção de grãos no estado ocorre por conta da expansão da área plantada da soja. Conforme ele, o grão foi comercializado com preços atrativos na última safra. Pelo menos 58% da soja colhida no estado já foi comercializada, informa.

Neste cenário, de acordo com Galvan, a expectativa é que a produção do milho safrinha tenha a mesma área para plantio que a soja, mas o clima será determinante nos próximos dias para uma boa produção. “Alguns municípios já registram estiagem de 15 a 20 dias”, afirma ao G1.

Galvan diz que, embora a expectativa de produção do milho seja boa, os custos acendem sinais “amarelos e vermelhos” para os produtores. “No Brasil e na América do Sul, o preço pago no milho está baixo. E com a oferta maior a tendência é diminuir o preço”, explica.

O consultor da Famasul explica que o custo de produção do grão teve aumento de 20%. Ao produtor, a conta é produzir ao menos 100 sacas por hectare para ter bom lucro. Ocorre que pela média, segundo ele, a produção no estado fica em torno de 80 sacas de milho por hectare.

“Ano passado foi muito bom em termos de produtividade [milho] e já se esperava que isso não ia se repetir”, diz. A colheita do grão se inicia no final do mês de julho e é encerrada em agosto. No mês de setembro começa o plantio da safra verão de soja.

Fonte: G1-MS