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Postada por: Jr Lopes dia 09/05/2013
MS: Deputados voltam a discutir mudança do nome do Estado e presidente rechaça
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Temerosos com prejuízos a Mato Grosso do Sul, os deputados Professor Rinaldo Modesto (PSDB) e Amarildo Cruz (PT) voltaram, ontem (8), a defender a mudança do nome do Estado. A troca foi rechaçada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB). Para ele, a alteração não resolverá os problemas do Estado.


Um dos autores da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para realizar plebiscito e consultar a população sobre a mudança de nome, Amarildo entende que Mato Grosso do Sul perde economicamente com a confusão com o vizinho Mato Grosso. Para ele, o Estado precisa fazer uso da “grife Pantanal” e deixar claro ao resto do mundo que 70% da riqueza natural situa-se aqui.


O petista, inclusive, defende pressa no debate para aproveitar a onda de turistas na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. “Estamos às vésperas de uma Copa do Mundo (2014) de uma Olimpíada (2016), quando gente de todo mundo virá ao Brasil e muitos vão aproveitar para conhecer o Pantanal”, frisou.


Para Amarildo, o destino para cá será certo a partir do momento que o Estado passar a se chamar Pantanal. “Hoje Mato Grosso atrai mais turistas do que a gente”, apontou. “Cabe a nós retomar essa discussão para dar um cara, uma identidade ao Estado”, emendou.


Além disso, Rinaldo avalia que a mudança acabará de vez com a “celeuma” sobre a confusão em torno do nome do Estado. “Hoje mesmo, enquanto participava de uma conferência online, confundiram Mato Grosso do Sul com Mato Grosso”, lamentou. Para ele, ou muda de nome ou é necessário investimento maciço para divulgar o Estado e acabar com a troca de nomes.


Jerson, por sua vez, entende que a população não deve pagar pela “desinformação” dos outros. “O cidadão não pode ser penalizado por isso. Acho que isso não é o caso de mudança, me orgulho do Estado e não quero mudar”, disse.


Questionado sobre a alegação de prejuízos econômicos por conta de perdas em visitas de turistas, o presidente da Assembleia afastou a possibilidade. “Em hipótese nenhuma, isso aí é uma utopia, acho que depende muito mais de todos nós, da classe política”, avaliou. “Tenho um sentimento muito grande de patriotismo pelo Estado. Acho que isso é mais uma questão de hábito, de cultura, de costume”, completou.


Segundo Amarildo, desde 2008, está parada na Assembleia a tramitação da PEC para regulamentar a realização do plebiscito. Para sair do papel, a medida precisa do apoio de 16 dos 24 deputados estaduais. “Só não apressamos a votação porque ainda não temos os votos necessários”, explicou.


Fonte: Midmaxnews







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