Pela primeira vez em anos de gestão, há a possibilidade do valor do transporte coletivo ter um congelamento ou até mesmo diminuição. A afirmativa foi feita pela diretora-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Ritva Vieira, nesta quarta-feira (16), durante Audiência Pública na Câmara sobre o transporte público. O prefeito Alcides Bernal (PP) declarou que o congelamento do preço é uma sinalização de que o valor pode baixar.

O Diretora da Agereg disse que durante análise dos documentos e contratos de concessões, percebeu que a tarifa deveria ser recalculada em março deste ano, que é a data base de acordo com o contrato.

“Porém, nós percebemos que aumentar agora é contra a anuidade do contrato, que foi assinado em outubro. Portanto, ficou para outubro o cálculo do novo valor da passagem, que pode aumentar, mas a ideia de Bernal é no mínimo manter o preço ou diminuir o valor”.

Segundo o prefeito, congelar a passagem já é uma demonstração clara dos objetivos da prefeitura. "O não reajuste é uma demosntração clara de que não pretendemos conceder esse aumento. Não posso afirmar com certeza se esse valor vai diminuir, mas vamos trabalhar bastante para isso", frisou Bernal.

A passagem de Campo Grande é a quinta mais cara entre as capitais do Brasil. Durante as eleições em 2012, os candidatos à prefeitura aproveitaram o período para falar da 'caixa-preta' do transporte coletivo, referindo-se ao cálculo feito para reajustar o valor da passagem que é uma incógnita para a população em geral.

Segundo  Ritva, esta questão não é mais um problema para a gestão de Bernal. “Antes, não se sabia como era feito o cálculo, mas neste contrato as cláusulas são específicas e existe uma fórmula para calcular o valor”.

Com a desoneração de 6% na folha de pagamento dos empregados das empresas de transporte, aliado ao anúncio do 'pacotão' de redução de impostos feito pela presidente Dilma Roussef para as empresas que inclui o setor, a prefeitura pretende anunciar em outubro uma diminuição na tarifa.

“Não temos como prever o andamento das coisas, mas é assim que Bernal quer que elas caminhem, com certeza, para beneficiar a população e não as empresas do consórcio”, encerrou Ritva.

Fonte: Midiamax