Sem nenhum grande incidente registrado durante a realização do Enem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comemorou a não repetição de algo que já vinha se mostrando uma rotina nas edições anteriores do teste. "Nós não tivemos nenhuma fraude no Enem. Nenhum indício de qualquer episódio que pudesse arranhar a credibilidade, seriedade e eficiência da prova. É o segundo maior exame do planeta", disse o ministro na noite deste domingo.
Mercadante destacou o trabalho feito pelos técnicos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), principalmente pelo monitoramento eletrônico feito durante as provas. Foi a partir deste trabalho, segundo o ministro, que foi possível identificar os alunos que postaram fotos de dentro da sala de aula. Ontem, 37 participantes foram excluídos do processo e, neste domingo, mais 28 candidatos foram eliminados por causa das fotos.
"Falamos, advertimos que estávamos tirando da sala de aula todos que estavam fazendo aquilo. E hoje, 28 repetem. É quase como se fossem pichadores eletrônicos, querem deixar registrado a sua ousadia. Parecem que não tinham interesse algum na prova. É uma irreverência que prejudica, desestabiliza", criticou.
Mercadante também rechaçou a tentativa de um usuário do Twitter de tumultuar o Enem. Na manhã de sábado, uma pessoa que teve origem identificada em Campinas (SP), espalhou pela rede de microblogs que as provas teriam sido canceladas. A Polícia Federal foi acionada, segundo o ministro, e procederá com a investigação. Diante do acontecido, Mercadante clamou por uma mudança na legislação para evitar que esses episódios se repitam.
"Precisamos aprimorar a legislação. Não podemos permitir que um cidadão prejudique o esforço de milhões com uma irresponsabilidade dessa, que gera uma insegurança e um prejuízo muito grandes. O Enem é muito importante na vida de muitos jovens, é a chance de entrar no ensino superior. É uma mudança de etapa, de patamar, que não pode ser fragilizada. Ato contra concurso público tem tipo penal. Violar o sigilo também. Mas temos outros crimes que, com o avanço da internet, estão crescendo", registrou.
Fonte: Terra