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Postada por: Andrey Vieira dia 28/11/2009
Quadrilha roubou em 1 mês 4 caminhonetes na Capital
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José Machado confessa 4 roubos de F-4000 em novembro (Foto: Marcelo Victor)


O Garras prendeu nessa quinta-feira, no Portal Caiobá, em Campo Grande, José dos Santos Machado, 48 anos. Ele é um dos envolvidos no assassinato de Almiro Ricardo de Souza, 50 anos, cujo corpo foi encontrado dia 20.


José Machado diz que, junto com mais três comparsas, roubou quatro caminhonetes somente nesse mês na Capital e as vendeu no Paraguai.


José Machado foi preso na casa dele. No momento da abordagem apresentou documento em nome de outra pessoa. No entanto, os policiais o reconheceram e o prenderam. Contra ele já havia mandado de prisão preventiva.


De acordo com a Polícia Civil, José Machado era responsável por negociar o frete com as vítimas e ir com elas até o local combinado com os comparsas. O frete era sempre para uma fazenda.


Ele rendia as vítimas, as entregava aos comparsas e seguia com os veículos roubados para o Paraguai. Os outros bandidos ficavam com as vítimas, em cativeiro, por cerca de 5 horas. José Machado conta que nunca foi abordado pela Polícia e diz que não há dificuldade em levar um carro roubado para o país vizinho. “É fácil”, declara.


Segundo José Machado, ele é um dos quatro integrantes da quadrilha que tem roubado F-4000 na Capital. Foram quatro só neste mês, entre elas a de Almiro. Ele conta que já foi preso em 2002 também por roubo de veículos e por isso conhece pessoas ligadas ao “esquema”.


De acordo com o preso, neste ano ele recebeu uma ligação de conhecidos do Paraguai propondo que, junto com outros três, roubassem F-4000 para vender no país vizinho. Ele então voltou a roubar.


Os veículos já tinham compradores certos no Paraguai. Eram vendidos, segundo José Machado, de R$ 6 mil a R$ 8 mil, conforme o estado de conservação. Ele recebia R$ 2,5 mil e o restante era depositado na conta dos outros bandidos.


Após vender a terceira caminhonete, há cerca de três semanas, José Machado ficou com o dinheiro total para que depositasse a parte dos comparsas. Ele conta que quando estava perto da agência bancária, em Ponta Porã, foi assaltado e teve os R$ 6 mil roubados.


Segundo José Machado, os comparsas não gostaram da situação, mesmo com ele prometendo paga-los. Diante disso, de acordo com ele, os bandidos invadiram a casa dele nessa quinta-feira, exigindo o dinheiro. “Eles entraram na minha casa, invadiram lá, querendo o dinheiro. Dez minutos depois que saíram a Polícia chegou”, relata.


O preso conta que a F-4000 de Almiro foi a última roubada.Ele diz que soube da morte do ‘freteiro’ quando estava nas proximidades de Maracaju, através de ligação feita por um dos comparsas.


Segundo a Polícia Civil, o bandido disse que Almiro foi morto porque conseguiu se soltar da corda em que estava amarrado e tentou agredir os assaltantes que o mantinham refém. “Eles contaram que deram dois tiros no cara”, diz José Machado, que afirma que voltou a roubar porque tem diabetes e estava sem dinheiro para comprar medicamentos para tratamento.


Ele fala que morava com uma mulher e que ela havia dito que caso ele se envolve com o crime, o deixaria. “Agora, acabou tudo”, declara José Machado sobre o relacionamento.


Assassinato - O corpo do freteiro Almiro Ricardo foi encontrado em um matagal na saída para Três Lagoas. Ele estava desaparecido havia quatro dias, desde que saiu para fazer frete para Furnas do Dionísio, distrito de Rcohedinho. A família dele chegou a registrar boletim de desaparecimento.


Fonte: CampoGrandeNews







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