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Postada por: Andrey Vieira dia 04/10/2012
Carro que consumir menos combustível terá imposto menor
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Anúncio foi feito durante a apresentação do novo regime automotivo e meta é atingir consumo de 17,26 km por litro de gasolina em 2016 (Foto: Divulgação)


Os veículos que atenderem aos requisitos do novo regime automotivo – o Inovar Auto, apresentado nesta quarta-feira (4) – ficarão isentos da alta de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciado no ano passado. A medida de 2011 exigia das montadoras um nível mínimo de peças e partes fabricadas no Brasil para ficarem livres da tributação extra.


Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, havará um desconto de até outros dois pontos percentuais no IPI para as empresas que realizarem investimentos em inovação, engenharia de produção e componentes industriais. Outro desconto, de até dois pontos percentuais, também poderá ser obtido pelas empresas que atingirem metas de redução no gasto de combustível.


"Estamos dando um incentivo de 4%. É o que o governo pode fazer no momento", disse o secretário-executivo-adjunto do Ministério da
Fazenda, Dyogo Oliveira.


Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, seria possível reduzir o preços dos carros "ao longo do tempo, na medida em que tiver maior escala de produção". Ele não soube dizer, porém, em quanto o preço dos automóveis poderia recuar no futuro.


Menor gasto de combustíveis
O novo regime automotivo brasileiro, que vigorará entre 2013 e 2017, tem por objetivo ter carros melhores, mais eficientes, modernos, com menos emissão de carbono, e a preços mais baixos, informou o governo.
Pelo decreto presidencial que regulamenta o novo regime automotivo, a média dos veículos dos beneficiários do regime comercializados a partir de 2017 terá de consumir 12,08% menos combustível do que atualmente. Carros que consumam 15,46% menos, em 2017, terão direito ao abatimento de um ponto percentual no IPI e, caso consigam implementar uma economia de 18,84% naquele ano, o abatimento do IPI sobe para dois pontos percentuais.


"Estamos indo além disso. Vamos oferecer incentivo para as empresas que alcançarem metas de eficiência energética, acordadas com o setor produtivo. Elas poderão ter redução do IPI além dos 30 pontos percentuais. Serão até 2 pontos percentuais a mais, além dos 30 pontos percentuais. O IPI médio é em torno de 10%, 11% atualmente, para as fábricas que estão aqui. Ele pode cai para 8%", declarou

Pimentel.
Segundo o ministro do Desenvolvimento, a meta do governo é que os fabricantes cheguem, em 2016, o que será medido em 2017, com o consumo de 17,26 quilômetros por litro de gasolina (atualmente, de acordo com o ministro, a média está em 14 quilômetros por litro).


No caso do álcool (etanol), a meta é chegar a 2016 com um consumo de 11,96 quilômetros por litro, contra 9,7 quilômetros atualmente.
"Essa é a meta da Europa em 2015. Vamos exigir a mesma coisa com um ano de diferença. É bastante compatível com o esforço que a indústria está fazendo para se adequar ao padrão internacional. O carro, com esta meta, vai significar uma economia de combustível anual de R$ 1.150. Com etanol, a economia é um pouco menor. É uma economia significativa, de cerca de três quartos (3/4) do IPVA pago na média do país", afirmou ele.


Segundo avaliação dos fabricantes de veículos, os benefícios do novo regime aos consumidores começam justamente pela eficiência energética, ou seja, pela redução no consumo de combustível - gerando economia para a população.


Mantega
"Estamos lançando o novo regime automotivo, cujo objetivo é dar um impulso forte para a indústria automobilística brasileira. Já temos uma das mais importantes do mundo. Com esse regime, esperamos ocupar um espaço ainda maior nos proximos cinco anos. É um programa que estimula os investimentos da indústria. É uma das que mais investem no Brasil e queremos que continue aumentando investimentos", declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o anúncio.


Fonte: G1







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