Depois de ter parte de sua casa desabada por causa forte chuva que aconteceu no início da noite de ontem (25), amigos e parentes da família da dona de casa, Raquel dos Santos Amorim, 32 anos, que mora há dez anos no local, começaram a reconstruir o barraco de madeira, localizado rua Borborema com a rua Era atômica, 25º Jardim Noroeste em Campo Grande.

A barraco fica em uma área ocupada por 14 famílias. Segundo os moradores, eles sempre vivem a incerteza do dia seguinte quando acontecem chuvas como a de ontem. Na casa de Raquel parte do telhado caiu em cima de sua filha de onze anos que acabava de colocar uma vasilha para que as goteiras não molhassem a cama onde ela iria dormir.

Rodnei Velasques, de 23 anos, sobrinho de Raquel ajuda a família na reconstrução do telhado que desabou. “Vai dar muito trabalho, mas estamos tentando fazer o possível com material que já temos, mas vamos precisar de mais telhas eternit, porque com que sobrou, não dá reconstruir parte do quarto e do telhado que caiu”, afirma Rodnei.

Ele também pede melhorias para o bairro, que está com as ruas alagadas e muitas casas destelhadas. De acordo com ele, o Samu demorou para realizar o atendimento de sua prima Amanda devido as más condições das ruas. “Precisamos de melhorias nas ruas para evitar a demora no atendimento de urgência, como aconteceu com a Amanda ”, ressalta Velasques.

A família de Raquel perdeu quase tudo com a chuva e pede ajuda para população da Capital para reconstruir sua casa.

Quem desejar ajudar a família pode entrar em contato com a Raquel por meio do telefone 9986-4209.

Desastre

Por volta das 18 horas o vendaval forte na região do Jardim Noroeste destelhou várias casas entre elas da residência de Raquel, que cedeu sobre sua filha Amanda, de onze anos. No momento da chuva Raquel estava com marido, a filha de 15 anos e filho de 10 na sala tentando conter a água que entrava na sala por causa da chuva. Minutos depois ela ouviu um grande estrondo e o grito de Amanda, de 11 anos que estava no quarto com irmão Jonatan, de13 anos.

Ela ficou nervosa quando viu que todo telhado tinha caído somente sobre a filha. Jonathan conseguiu escapar porque dormia na parte de baixo da beliche e não sofreu ferimentos.

Apavorada por ver as filha sangrando ela acionou o Samu, que segundo ela demorou devido as condições das ruas do bairro.

Amanda saiu na madrugada de hoje (26) da Santa Casa com ferimentos nas costas e no joelho e anda com muletas, mas não sofreu nenhum lesão grave.

Questionada se ela não tinha medo de voltar a dormir no barraco, mesmo após a reconstrução de telhado, Amanda foi enfática. “Medo eu tenho, mas não temos outra opção”, afirma a menina.

A família sonha em ter uma casa da Ehma (Empresa Municipal de Habitação) para poder sair da área ocupada e viver sem medo de chuvas e vendavais.

Fonte: MidiamaxNews