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Postada por: Jr Lopes dia 25/11/2009
25 de Novembro: Dia Nacional de Combate a Violência Contra a Mulher
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A nossa sociedade, ainda com pensamentos machistas, não por parte de todos os homens, mas de alguns “seres” que se julgam superiores ao que costumam chamar de sexo frágil, a violência contra a mulher assume proporções alarmantes.


Um tapinha não dói? Que música (louca) é essa? Dói sim... se não dói na carne, dói na alma... E tudo começa com um tapinha... depois um soquinho... depois a surra, até chegar à mutilação (nem que seja da dignidade) e então... a morte...


Talvez, a causa possível seja a permissividade de muitas mulheres que ainda dão ao homem o poder maior de mandar, de gritar, de exigir, de embriagar-se e ainda serem complacentes e compulsivas quanto a atitudes brutais e a subserviência a que são “predestinadas”.


Quando da ocasião do casamento, a mulher entra de braços dados com o pai na igreja que a entrega aos braços do marido como que transferindo uma autoridade. A moça, que recebeu uma educação familiar voltada para a união do lar, chora quando agredida seja de forma verbal ou física enquanto o homem sai para os bares porque para ele (alguns) “lugar de mulher é dentro de casa”.


Mas, assim como existem cafajestes e covardes, existem também homens dignos e humanitários que não fazem uso da força física para impor suas vontades e determinações, porém, considero que, logo no período de namoro, ao primeiro grito, gesto de agressão ou violência emocional, a mulher já deve dar um basta!! Parar por ali mesmo, para que ele saiba que está lidando com alguém que, por si reconhece seu valor. Caso seja agredida, a denúncia deve ser feita na Delegacia de Mulher.


Infelizmente, muitas mulheres para evitar a separação ou por depender financeiramente do marido não denunciam; silenciam sua dor, apanham, são agredidas de todas as formas mais cruéis que se possa  imaginar. Violência sexual, moral, emocional, física, mesmo quando o homem não é sozinho o “chefe da família”, visto que a mulher além de contribuir financeiramente, ainda tem as atividades domésticas e a educação dos filhos.


A Lei Maria da Penha é clara: existe punição para a violência. Só falta a coragem para denunciar os agressores e fazer valer a pena a luta de todas as mulheres que por anos lutaram pela igualdade de gênero, pela igualdade social, salarial, pelo direito a integridade física.


O caminho é a conscientização. O conhecimento da lei, de seus direitos e deveres e a valorização da mulher que merece ser respeitada e amada não por ser mulher, mas por ser, assim como o homem um ser humano. Quem ama de verdade, valoriza o outro e se não valoriza, não vale a pena sequer a convivência!!


Um abraço fraternal a todos.

(Paulo Hamilton é professor aposentado em Naviraí e é colaborador deste site)


Fonte: Paulo Hamilton







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