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Postada por: Andrey Vieira dia 31/08/2012
Mais um cachorro e porco espinho travam duelo em MS
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Mais um confronto entre cães e ouriço. Desta vez, dois Rottweilers que vigiavam a sede da Fazenda Nazaré, localizada no distrito do Guassu, município de Dourados, tentaram defender o território e acabaram feridos por centenas de espinhos lançados pelo ‘porco do mato’, que reagiu ao ataque dos cachorros.


Este foi o quarto caso registrado em Mato Grosso do Sul apenas neste mês.


O proprietário dos cães conseguiu socorrer um deles e retirou os quatro espinhos alojados nas patas. O outro cão, severamente ferido, foi encaminhado a uma clínica em Dourados.


A médica veterinária, Edimara Munhoz Correia Mello (Center Dog), disse ao Douradosagora que foram extraídos mais de 1.500 espinhos do Rottweiler que chegou transtornado pela dor, cabisbaixo e completamente ‘entregue’ ao sofrimento.


Sob o efeito de anestesia geral e spray anestésico sobre a pele, todos os espinhos foram retirados. Estavam predominantemente no face do animal, boca, língua, e patas dianteiras. Agora todo cuidado é pouco para evitar infecções oportunistas que podem levar até à morte.


A veterinária explica que, especialmente na região da boca, por conta de bactérias normalmente ali presentes, podem ocorrer infecções graves. Ela aconselha aos proprietários de animais a não tentarem retirar os espinhos porque podem quebrar e ficar alojados na pele ou mucosa da boca, por exemplo, agravando o quadro.


DESMATAMENTO


Recentes ocorrências envolvendo ataques entre animais podem ter explicação no desmatamento desenfreado. As espécies animais perdem o habitat natural e recorrem às cidades e propriedades rurais em busca de alimento e proteção.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só 12% da Mata Atlântica estão preservados. O segundo bioma mais devastado do Brasil é o Cerrado, com devastação de 48,37%. São 52,3 mil quilômetros quadrados desmatados em apenas dois anos, revela o IBGE. O Pantanal, que é o menor e mais preservado bioma, perdeu 15% da área total, segundo levantamento de 2009.


Além de desabrigar os bichos e pessoas, o desmatamento gera o empobrecimento do solo, a redução de divisas econômicas para o país, com reflexos diretos e imediatos na renda familiar. Talvez tudo isto sirva para a reflexão acerca do novo Código Florestal aprovado ontem por Comissão Especial do Congresso Nacional.


Fonte: Dourados Agora







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