Em mais uma tentativa de acalmar os ânimos dos grevistas e colocar um ponto final das paralisações que causam transtornos para a população em todo o Brasil, o governo federal apresentou proposta de reajuste de 15,8%, parcelada em três anos, para servidores de outras 12 categorias entre a noite de sexta-feira (17) e este sábado (18), sobretudo para os mais bem remunerados da administração pública federal. Com o novo balanço, passa de 680 mil trabalhadores, entre ativos e inativos, de um total de 37 setores que receberam ofertas nas mesas de negociação ao longo da semana.

Nesta segunda rodada, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, avisou aos representante dos auditores fiscais do Trabalho e da Receita Federal, dos defensores e advogados públicos federais e do chamado ciclo de gestão que só é possível conceder os mesmos percentuais oferecidos aos servidores técnico-administrativos das universidades federais.

No ciclo de gestão, estão os analistas e técnicos de planejamento e orçamento; servidores do Banco Central; do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); da Superintendência de Seguros Privados (Susep); e gestores e analistas de comércio exterior e de finanças e controle.

Ao longo da semana, os sindicatos vão levar as propostas para os sindicatos em assembleias nos estados. Todas as categorias, no entanto, disseram que estão insatisfeitas com o índice. Marcos Luiz Silva, presidente da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), disse que o índice não recompõe nem mesmo a inflação acumulada desde 2008, quando a categoria recebeu o último aumento salarial.
 

— Isso seria o mínimo. O governo é obrigado a fazer essa recomposição anualmente e o índice reivindicado pode chegar em 30% até o fim do ano. Vamos levar o resultado da reunião em uma assembleia virtual e podemos até entrar em greve -afirmou.

Fonte: O Globo