O Ministério da Educação informou que oito universidades federais espalhadas pelo país decidiram encerrar a greve. Entre elas estão: universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); de São Carlos (Ufscar), no campus de Sorocaba; de São Paulo (Unifesp), no campus de Guarulhos; de Santa Catarina (UFSC); doze campus do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e três do Instituto Federal do Acre (IFAC). Na Universidade de Brasília (UnB), os professores decidiram em assembleia nesta sexta-feira, por 130 a 115, pelo fim da greve da categoria que teve início em maio. O Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) ainda deve se reunir para decidir o calendário.
Pegos de surpresa, professores ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) disseram que vão buscar meios para reverter a decisão. Em comunicado, o Ministério da Educação diz que “reafirma que as negociações com os sindicatos dos docentes estão encerradas e que não há hipótese de rever o critério da titulação na progressão. As tabelas apresentadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deixam claro que o governo federal buscou, principalmente, valorizar a titulação e a dedicação exclusiva”.
Segundo o governo, a proposta prevê aumentos que variam entre 25% e 40% sobre os salários de março, já reajustados, a serem pagos em 2013, 2014 e 2015, na proporção de 50%, 30% e 20%.
Ontem (17), o governo também ofereceu reajuste de até 15,8% para outros 18 carreiras do serviço público. Segundo o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, a proposta representa um primeiro passo na reunião com o governo federal. O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, apresentou um proposta de reajuste, parcelado em três vezes, para 18 setores da base da Condsef, o chamado "carreirão". Os sindicalistas não fecharam acordo, mas observaram que a oferta ainda está muito abaixo da reivindicada.
Na véspera, o governo havia oferecido o mesmo percentual (15,8%) de reajuste aos técnicos administrativos das universidades federais, mas a proposta não foi de imediato.
Também nesta sexta-feira, ao serem impedidos de chegar à solenidade onde a presidente Dilma Rousseff inaugurou uma nova fábrica da Braskem, em Marechal Deodoro (AL), servidores em greve e manifestantes do Movimento dos Sem Terra (MST) bloquearam nesta sexta-feira a BR-314 por mais de 40 minutos e chegaram a danificar, com porretes, o carro do presidente do Tribunal de Justiça do Alagoas, desembargador Sebastião Costa Filho. Irritado, o magistrado desceu do veículo, tomou o porrete da mão de um dos manifestantes e partiu para o confronto.
Já os policiais federais, irritados com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de proibir a realização de operação-padrão, sob pena de multa diária de R$ 200 mil, avisaram nesta sexta-feira que planejam uma “operação sem padrão” para segunda e terça-feira. Em vez de fiscalizar todas as bagagens e cargas, causando lentidão nos portos, aeroportos e fronteiras, eles deverão se unir para fazer protestos com vuvuzelas, cartazes e entrega de panfletos e até mesmo deixar pessoas e mercadorias passarem sem vistoria.
A operação-padrão realizada pela PF na última quinta-feira gerou caos em grandes aeroportos do país. Em resposta, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu declarar ilegal a operação e, nesta sexta-feira, a Advocacia Geral da União (AGU) prometeu punir os agentes que continuarem com a prática.
Fonte: O Globo