A participação do etanol na matriz de combustíveis do Brasil caiu de 44,6% no final de 2010 para 31,68% no final de 2011, de acordo com o presidente da Datagro Consultoria, Plínio Nastari. Segundo ele, essa retração é resultado da manutenção artificial dos preços baixos da gasolina, o que faz com que o etanol perca espaço e competitividade no mercado de combustíveis.
Nastari lembra que a participação brasileira é bem maior que a meta dos Estados Unidos e da União Europeia. Nos Estados Unidos a meta é atingir 20% da matriz em 2022, e hoje os norte-americanos já participam com 9,5% do mandato de etanol. Na União Europeia, a meta é chegar em 10% de participação de etanol até 2020, e o índice atual é de 3,4%.
Em evento de energia organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Nastari ressaltou as metas específicas destes países.
– Esses países possuem metas específicas e uma política de preços realista. No Brasil não tem nenhuma das duas coisas. No caso do etanol, o grande elemento de distorção no Brasil é a política de preços praticada pelo governo, particularmente a da gasolina – afirmou Nastari.
Desde a criação do Pro-Álcool em 1975, o etanol já substituiu 2,2 bilhões de barris de gasolina, com uma economia para o País de US$ 266,2 bilhões.
Fonte: Agência Brasil