O governo federal vai se reunir na tarde desta segunda-feira (6) com representantes dos servidores técnico-administrativos para negociar o fim da greve na categoria, que começou em 11 de junho. A reunião, segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, vai acontecer às 17h em Brasília e reunirá membros do governo e dos dois sindicatos que representam os funcionários.
Os técnicos dos institutos federais são filiados ao Sindicado dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), que fala em nome dos servidores das universidades. O Sinasefe também representa professores em algumas universidades, já que os docentes também são servidores federais. Porém, na maioria das instituições as duas categorias são separadas.
A greve dos servidores que desempenham funções técnicas e administrativas faz parte do movimento nacional de paralisação de serviodres federais, e tem reivindicações diferentes das dos docentes.
De acordo com as entidades, todos os 40 institutos (incluindo os dois centros de educação tecnológica e o Colégio Pedro II, no Rio) e todas as 59 universidades federais aderiram parcial ou totalmente à greve, que já dura 56 dias.
As principais reivindicações dos servidores são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada.
No início de julho, o Ministério da Educação anunciou um prazo mais amplo para a efetuação das matrículas dos estudantes aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que contou com a participação de mais de 40 instituições federais em greve. Na ocasião, os servidores dos setores administrativos garantiram o funcionamento mínimo dos serviços prioritários das instituições, incluindo as matrículas para os ingressantes no segundo semestre.
Professores
O governo federal e a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinaram na sexta-feira (3) o acordo sobre a proposta feita em 24 de julho a respeito do reajuste salarial e da reestruturação da carreira docente das instituições federais. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, a assinatura põe fim ao processo de negociação com a categoria, apesar de a maioria das assembleias de professores das universidades ter rejeitado a proposta. Ainda de acordo com o ministério, a postura do governo para os próximos dias será o de monitorar a reação da base docente, e a expectativa é que, aos poucos, os professores retomem as aulas.
O Proifes anunciou, na noite da quarta-feira (1º), que decidiu aceitar o acordo depois que uma consulta com 5.222 professores apontou que a maioria (74%) deles era favorável à proposta. De acordo com o presidente da entidade, Eduardo Rolim de Oliveira, o Proifes representa cerca de 20 mil professores em 77 campi pelo Brasil.
Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica Profissional e Tecnológica (Sinasefe) dizem que representam 65 mil docentes em quase todas as 59 universidades, 40 institutos de educação tecnológica e o Colégio Pedro II, no Rio. Nestas universidades e institutos, assembleias continuam rejeitando a proposta do governo.
Fonte: G1