O desabastecimento já atinge aos consumidores, em outro posto de combustível, por exemplo, a bomba de gasolina está vazia (Foto: Divulgação)

A crise nos postos de combustíveis ainda está se arrastando pelo Estado e na porta da distribuidora Petrobrás o que se vê são filas de caminhões tanque e motoristas a espera do produto.


Os veículos que conseguem carregar ao invés de 30 mil litros que é o comum, só tem recebido de dez ou cinco mil litros de gasolina. Com receio de serem cortados até da divisão racionada, os caminhoneiros preferem não falar com os jornalistas.


Funcionários de postos de combustíveis de Sonora, Fátima do Sul, Dourados, Corumbá, alguns parados desde segunda-feira (23), ganham por dia trabalhado, estão sendo prejudicados e o abastecimento em postos de combustíveis de todo o Estado esta ficando em situação cada vez mais crítico.


Até quarta (25) o etanol, em um posto de combustível, era vendido por R$ 1,96, a preço de custo, para desviar a atenção do consumidor da gasolina. Hoje (26) o produto já esta em R$ 2,09 e a procura aumentou.


“Ainda bem que o carro é flex, mas como não tem gasolina, vamos colocar o álcool, porque se não tivesse essa opção teria que pegar ônibus ou andar de bicicleta”, afirma o funcionário público, Bento Gonçalves.


O desabastecimento já atinge aos consumidores, em outro posto de combustível, por exemplo, a bomba de gasolina está vazia, funcionou por apenas uma hora, das 6h às 7h e abasteceu somente 20 veículos. Quem não conseguiu segue na procura.


“É complicado né, porque a gente precisa e pela não opção, a gente vai ter que procura um posto mais próximo e que eu não sei se tem”, relata Flávia Paulina de Barros.
Para quem não tem o carro flex esta cada vez mais difícil. “Estou partindo para outro posto, agora eu vou rodar atrás do combustível. Se acabar, infelizmente eu vou ter que estacionar o carro ou empurrá-lo até em casa e ir de bicicleta para o trabalho”, propõe Romildo Pereira.


Em mais um posto de combustíveis a situação é inversa, a bomba de gasolina não para de trabalhar e falta etanol e diesel. “Completei para não fica na mão, por que ta acabando a gasolina e eu por sorte achei aqui”, comemora Jamal Abdel.


O posto recebeu cinco mil litros de gasolina, na noite de ontem, mas sem o abastecimento diário que é o ideal a previsão é que a bomba fique vazia em pouco tempo.


“Tenho uma previsão de vir mais cinco mil de comum, só que não esta confirmado, mas parece que a Petrobras esta conseguindo normalizar este atendimento, então, eu acredito que até o final da semana vai estar resolvido isso. Tomara porque é uma dificuldade a gente ver o pessoal e nós temos clientes que só abastecem com a gente, que estão procurando outros postos, mas estão todos na mesma situação. Está faltando combustível”, conclui o empresário João Carlos George Anache.


Por meio de nota, a distribuidora Petrobrás informou que está mobilizando todos os recursos logísticos para normalizar a oferta de gasolina à rede de postos em Mato Grosso do Sul. Ontem, foram carregados 900 mil litros do combustível no terminal de Campo Grande, 30% acima da média diária. Em relação ao diesel foram carregados também 1,3 milhão de litros. Outras quantidades de combustível também estão sendo transferidas da cidade de Paulínia, em São Paulo e de Araucária, no Paraná, pelas estradas.

Fonte: MS Record