A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Varga (Foto: Divulgação)

O governo anunciou, durante uma reunião na quarta-feira no Palácio do Planalto com o presidente da Contag - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, que para o plano de safra da agricultura familiar 2012/2013 serão disponibilizados R$ 18 bilhões. Mais R$ 4,204 bilhões serão liberados para outras reivindicações do setor, que passam pelo seguro da agricultura familiar, de garantia safra e de garantia de preços mínimos, além de programa de alimentação escolar e assistência, entre outros. A liberação totaliza R$ 22,204 bilhões.


A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, em entrevista, após a reunião, que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff. Pepe disse ainda que o teto para o crédito para custeio de determinadas culturas da agricultura familiar como maçã, uva, milho e soja passará de R$ 50 mil para R$ 80 mil por ano.


O presidente da Contag considerou que as propostas apresentadas pelo governo contêm "avanços significativos", citando os R$ 18 bilhões para custeio e investimento. No ano passado, foram R$ 16 bilhões. Mas Broch ressalvou que a pauta dos trabalhadores "estava em torno de R$ 29 bilhões".


Segundo ele, "existem pontos que nós não avançamos", citando a questão da reforma agrária. "Nós discordamos e nós achamos que simplesmente o descontingenciamento de recursos não avança na reforma agrária", afirmou, acrescentando que o crédito fundiário também é insuficiente.


Na reunião, a presidente Dilma fez questão de ressaltar aos trabalhadores que, ao vetar artigos do Código Florestal, priorizou a agricultura familiar na recuperação das áreas de proteção ambiental. Dilma reforçou ainda a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos no País. O ministro Pepe Vargas acredita que o governo não terá problemas no Congresso com a "escadinha" criada para definir quem tem de preservar que área, penalizando as maiores propriedades. "Dificilmente alguém será contra a proposta da escadinha", comentou.


Nesta quinta-feira, a presidente Dilma não irá mais reunir o Conselho Político para tratar de Código Florestal, como estava previsto. Caberá à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reunir os líderes do governo e da oposição no Planalto para tratar do tema, acompanhada dos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

Fonte: Agência Estado