O candidato da oposição, professor universitário Leonardo Avelino Duarte, de 33 anos, é o novo presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul).

Ele venceu com uma vantagem de 459 votos sobre o candidato da situação, atual secretário-geral da OAB, Ary Raghiant Neto.

Duarte venceu em todas as urnas da Capital e em diversas cidades de Mato Grosso do Sul.

Leonardo conseguiu maioria em Dourados (348 a 280), Três Lagoas (108 a 102), Ponta Porã (66 a 58), Nova Andradina (49 a 46), Rio Brilhante (23 a 12) E Fátima do Sul (36 a 22).

Entre os simpatizantes e aliados de Duarte, estão os ex-presidentes da ordem, como Carmelino Rezende, Wilson Barbosa Martins e Carlos Marques.

O advogado venceu a eleição em Campo Grande, com 3.275 votos, contra 2.916 de Ary.

Oposição

Para garantir a sua eleição e derrotar o grupo que está no comando da entidade há nove anos, a oposição, formada pelos ex-presidentes, como Carmelino Rezende, Wilson Barbosa Martins, Elenice Carrille e Carlos Marques, se uniram e lançaram apenas um candidato.

Filho do desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, que já presidiu a ordem, ele derrotou o candidato da situação, o secretário-geral da entidade, Ary Raghiant Neto, 40 anos, que tinha o apoio do atual presidente, Fábio Trad, e do candidato a presidente nacional da entidade, Vladimir Rossi Lourenço.

A principal meta do oposicionista é implementar medidas para reduzir a morosidade do Poder Judiciário. Ele contou que irá identificar onde pode ajudar o Judiciário a ser mais eficiente. Entre as várias metas do programa, pretende priorizar a luta dos advogados para elevar o percentual de honorários de sucumbência.

O poder

A OAB/MS conta com um orçamento de aproximadamente R$ 7 milhões, considerando-se apenas a cobrança da anuidade dos 8.946 advogados.

O novo presidente também será responsável pela eleição para definir a lista para escolher o novo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. E é uma das instituições mais importantes, tendo papel destacado na suspensão da contratação de funcionários sem concurso público no TCE (Tribunal de Contas do Estado) e para acabar com o pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Campo Grande News