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Postada por: Andrey Vieira dia 11/05/2012
Puccinelli cobra recursos do governo federal para questão indígena em MS
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O governador André Puccinelli (PMDB) cobrou nesta sexta-feira apoio da União para a questão indígena em Mato Grosso do Sul. Nesta semana, índios kadiwéus invadiram fazendas em Corumbá e Porto Murtinho, na região do Pantanal, e os guaranis fecharam rodovia em Dourados.


“A questão indígena é problema da Funai, Ministério Público Federal, Ministério da Justiça e Polícia Federal. Não é problema meu. Estou ajudando porque sempre ajudei. Acho que merecem , são cidadão brasileiros”, afirma Puccinelli, que encaminhou ofício ao ministro da Justiça exigindo a presença de forças federais.


Sobre o tema, ele também fez comparativo sobre a sua administração e a do ex-governador Zeca do PT, seu principal adversário político. “Dos programas que o Zeca tinha, eu aumentei. A cesta básica passou de 22 para 27 quilos. No Vale Universitário Indígena, eram 80 vagas e eu aumentei para 120. O Zeca fez duas escolas indígenas, fiz 11. Ele fez 50 casas em aldeia, fiz 1.480. Não tinha patrulha mecanizada, eu dei”.


O governador disse não ser contra a demarcação, mas que o Estado tem o direito de participar. De acordo com ele, em 2008, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) fez acordo com o Ministério da Justiça para a polícia comunitária.


“Permiti, por três, quatro meses, que a rádio patrulha andasse pelas aldeias. Mas o governo federal não deu combustível nem pneu”.


Disputa - Nesta semana, após o STF (Supremo Tribunal de Justiça) considera nulos os títulos de terra localizados em área indígena no sul da Bahia, os kadiwéus ocuparam fazendas em Mato Grosso do Sul, no que chamam de processo de retomada.


A demarcação da reserva dos kadiwéus foi em 1981.Dos 538 mil hectares, 160 mil estão em disputa na Justiça desde 1987. Contudo, a história da terra dos kadiwéus remonta ao Segundo Reinado, quando o imperador Dom Pedro II doou a área como contrapartida pela participação dos indígenas na Guerra do Paraguai. Na ação que tramita há 25 anos no STF, há pelo menos 235 partes.


Fonte: CG News







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