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Postada por: Jr Lopes dia 26/03/2012
Manejo adequado da irrigação favorece a produtividade
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Controle pode assegurar um melhor desempenho em termos de produtividade e qualidade das hortaliças (Foto: Divulgação)


A quantidade correta de água e o momento exato da irrigação são pontos-chave em um manejo adequado. Além de economizar água e energia, o controle pode assegurar um melhor desempenho em termos de produtividade e qualidade das hortaliças.


Para que a irrigação seja eficiente e resulte em impactos positivos na lavoura, é necessário considerar fatores como o clima e o solo. Os dois são determinantes quando se trata de escolher o método de manejo de água mais apropriado para a irrigação.


O pesquisador Waldir Marouelli, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), explica a importância do manejo. Segundo Marouelli, alguns métodos de manejo da água de irrigação utilizam informações climáticas, como temperatura, umidade relativa do ar, vento e radiação solar, para calcular a quantidade de água que a planta consome.


Em outros casos, a metodologia monitora somente a umidade do solo.


– Neste caso, quem determina se a secagem do solo é mais rápida ou mais lenta é a planta que, inexoravelmente, está sendo afetada pelos fatores climáticos – diz Marouell.


O pesquisador Marcos Braga, também da Embrapa Hortaliças, esclarece que a demanda hídrica das plantas funciona, basicamente, "como as pessoas que, em dias mais quentes e secos, consomem mais água e vice-versa".


Quando o agricultor não reavalia constantemente essas condições durante o cultivo e simplesmente estabelece um critério fixo para a irrigação, deixa de otimizar o uso da água e o ganho com a produção.


– Na horticultura, por exemplo, o produtor que não utiliza nenhum controle da irrigação e passa a adotar alguma técnica para manejo, como avaliar as condições climáticas ou empregar um sensor de umidade do solo, na média geral, obtém um aumento de 10 a 30% da produtividade – estima Marouelli. Ele acrescenta que, por sua vez, a redução do uso de água e energia gira em torno de 20 a 30%.


O gasto que o produtor tem com água e energia é muito menor diante dos recursos despendidos com a exigência nutricional e fitossanitária das plantas. Por conta disso, ele acaba por irrigar em excesso, o que favorece a incidência de doenças e compromete o pleno desenvolvimento das plantas.


– O ponto de equilíbrio é importante porque a irrigação em excesso pode causar a lixiviação de nutrientes e, com o prejuízo da parte nutricional, a planta fica mais fraca e mais suscetível a doenças – explica Braga.


Fonte: Ministério da Agricultura







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