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As exportações de carne bovina do Paraguai em fevereiro continuaram a sofrer os efeitos do surto de febre aftosa do ano passado. No mês passado, os embarques totalizaram pouco mais de sete mil toneladas, no valor de US$ 35 milhões, uma queda em relação às 18 mil toneladas, no valor de US$ 68 milhões, registradas em fevereiro de 2011, de acordo com a agência de saúde animal do Paraguai, Senacsa.
Até agora, o maior comprador da carne paraguaia em fevereiro foi a Rússia, com mais de cinco mil toneladas. Depois vem o Brasil, com mil toneladas. Em 2010, o Paraguai exportou 170 mil toneladas de carne bovina, no valor de US$ 808 milhões. Na primeira metade de 2011, o país embarcou 64 mil toneladas, no valor de US$ 344 milhões.
Durante o segundo semestre de 2011, 39% de toda exportação de carne bovina foi para o Chile, enquanto 31% foi para a Rússia. A perda do Chile como mercado consumidor ocorreu por causa da doença e atingiu fortemente os embarques. O principal produto da pauta das exportações do país é a carne bovina, seguida pela soja. A suspensão atingiu a economia fortemente, com muitos processadores fechando as portas.
No dia 19 de setembro, compradores da carne paraguaia rapidamente interromperam as compras após o surto de febre aftosa no distrito de San Pedro. No entanto, sob as regras da Organização Mundial para Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), os embarques de carne bovina desossada de países em que há febre aftosa são permitidos e Rússia e Brasil voltaram a comprar relativamente rápido.
O Paraguai, 11º maior exportador mundial de carne bovina, afirmou que a doença foi controlada. O governo agiu rapidamente para isolar a área e abater o rebanho afetado. A vacinação contra a doença é obrigatória, o que ajudou a conter o surto. A febre aftosa é uma infecção por vírus que afeta o gado, suínos e outros animais com casco fendido. Embora raramente fatal, geralmente causa grandes perdas de peso, aumentando muito os custos de produção.
Fonte: Canal Rural