O médico Alexsandro de Souza, acusado de mutilar mais de 100 mulheres em cirurgias plásticas malsucedidas em pacientes de cidades do sul de Mato Grosso do Sul, teve o diploma cassado neste fim de semana pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS). Os conselheiros também renovaram a interdição cautelar o que significa, na prática, que ele não pode exercer a profissão mesmo entrando com recurso.
A decisão refere-se ao processo aberto em consequência de denúncia de uma moradora de Fátima do Sul no qual ele foi considerado negligente e imprudente no ato da cirurgia.
Alexsandro ainda é acusado – entre outras denúncias – da morte em 2008, também em Fátima do Sul, de Cristiane Medina Dantas, 23 anos,após uma abdominoplastia (cirurgia para retirar gordura e pele em excesso da região abdominal).
Em agosto de 2010 o CRM/MS tornou público edital de Interdição Cautelar aplicada em 8 de maio daquele ano a Alexsandro porque este vinha exercendo as atividades normalmentem mesmo depois da decisão da entidade, desta feita em Novo Horizonte do Sul. O médico tem registro no CRM em cirurgia-geral, mas atuava como cirurgião plástico, de acordo com denúncias de pacientes.
Na Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, existem denúncias de 7 pessoas contra o médico, sendo três mulheres de Naviraí e as duas de Fátima do Sul. O presidente da entidade, Valdemar Moraes de Souza, foi quem informou em 2010 que o número de vítimas mutiladas seria superior a 100.
“Fui às cidades onde tivemos denúncias e também percorri a região sul do Estado. Seguramente esse número já passa de 100 mulheres. São muitas as denúncias, a maior parte delas é de cirurgias plásticas na região do abdômen (lipoaspiração e abdominoplastia) e dos seios (redução)”, relatou à época.
Fonte: Correio do Estado