Página Inicial | SEXTA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2024
Postada por: Jr Lopes dia 11/11/2009
Governo de MS suspende proposta de ZEE em todo o Estado
Compartilhar Notícia
Para o deputado Paulo Corrêa (PR), a demora só prejudica o Estado (Foto: Divulgação)


O Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE) de Mato Grosso do Sul não será mais reenviado para votação este ano na Assembleia Legislativa. A proposta do Governo está suspensa por tempo indeterminado.


O projeto era uma das prioridades para o Governo no segundo semestre, mas acabou se transformando em uma briga com o Ministério do Meio Ambiente. A intenção do Executivo era normatizar e direcionar a produção agrícola em todas as regiões de Mato Grosso do Sul, inclusive o plantio da cana-de-açúcar na região da bacia do Alto Paraguai. Porém, um decreto presidencial, publicado em setembro, proíbe canaviais nessa região e isso atrapalhou os planos.


“Mato Grosso do Sul ficou irremediavelmente prejudicado com a definição e essas novas regras. Essa é a razão pela qual muitas empresas, que pretendiam se instalar em Mato Grosso do Sul, adiaram os seus projetos para vir até o Estado”, disse o deputado Youssif Domingos (PMDB).


A indicação quase sempre tem um alcance mais limitado. Entretanto, este é o jeito mais rápido que um parlamentar tem para encaminhar o pedido. O problema é que não há garantias de que a solicitação seja atendida.


O decreto veta o plantio de cana em uma área de 1,38 milhão de hectares. Apesar dos estudos de viabilidade feitos pelo governo Estadual, o plantio de cana está suspenso em uma área que abrange seis municípios, como Jaraguari, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Rio Verde, Coxim e Sonora.


Para o deputado Paulo Corrêa (PR), que chegou a propor 14 audiências públicas para discutir a questão, a demora só prejudica o Estado.


“O produtor rural que está com pastagem degradada, que tem um terreno areno-argiloso, tem mais areia do que argila, que é próprio para a cana e não pode plantar está sendo prejudicado. Ele poderia entrar em uma parceria com uma usina de álcool. A usina ficava na bacia do Paraná, mas ele poderia plantar na bacia do Paraguai. Por que ele liberou na bacia do rio Amazonas? O ministro trabalhou contra Mato Grosso do Sul”, afirma Corrêa.


A divergência entre o Governo e a União é uma questão de prioridades. O Estado busca alternativas econômicas para desenvolver a região norte e o governo Federal está interessado em expandir o comércio de álcool para outros países. Qualquer polêmica sobre a produção da cana próximo a região pantaneira pode atrapalhar os negócios.


Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo, não há como mensurar os investimentos que poderiam ocorrer na região vetada para a produção de cana.


Fonte: Ginez Cesar (TV Morena)







Naviraí Diário | Todos os Direitos Reservados