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Postada por: Jr Lopes dia 17/02/2012
STF declara constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa
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O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou hoje (16) a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, que valerá para as eleições deste ano. O placar final foi 7 votos a 4 para uma das principais inovações trazidas pela lei – a inelegibilidade a partir de decisão por órgão colegiado. No entanto, como a lei traz várias inovações, o placar não foi o mesmo para todos os pontos que acabaram mantidos pela maioria.


O resultado foi proclamado depois de quase 11 horas de julgamento entre ontem e hoje. Celso de Mello e Cezar Peluso foram os últimos ministros a votar. Eles reafirmaram posição por uma interpretação mais restrita da lei. Um dos principais pontos atacados por ambos foi a aplicação da Lei da Ficha Limpa a casos que ocorreram antes que a lei foi criada. “A lei foi feita para reger comportamentos futuros. Como ela está, é um confisco de cidadania”, disse Peluso.


Os ministros que votaram a favor da integralidade da lei foram Joaquim Barbosa, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto. Os outros ministros da Corte foram mais ou menos resistentes à lei de acordo com a questão levantada. Antonio Dias Toffoli, por exemplo, só foi contra a regra que dá inelegibilidade por condenação criminal de órgão colegiado, aceitando todo o resto da lei.


O julgamento de hoje dá a palavra final do STF sobre a polêmica criada assim que a Lei da Ficha Limpa entrou em vigor, em junho de 2010. O Supremo já havia debatido a norma em outras ocasiões, mas apenas em questões pontuais de cada candidato. Agora todos os pontos foram analisados com a Corte completa.


Confira os principais pontos definidos no julgamento e como os ministros se posicionaram e o que o STF decidiu:


A Lei da Ficha Limpa pode atingir fatos que ocorreram antes que ela entrasse em vigor (7x4).
Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello, Cezar Peluso, votaram contra.


A condenação criminal por órgão colegiado é suficiente para deixar alguém inelegível por oito anos (7x4) Antonio Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso, foram contra.
 

Para os condenados, a inelegibilidade de oito anos deve começar a ser contada somente após o cumprimento da pena (6x5), Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cezar Peluso, foram contrários.
 

A exclusão de registro profissional por órgão competente, como a OAB e o CFM, motivada por infração ético-profissional, é suficiente para deixar a pessoa inelegível (9x2) Gilmar Mendes e Cezar Peluso, votaram contra.  (Antonio Dias Toffoli e Celso de Mello entenderam que a regra é válida, mas que é preciso esgotar os recursos cabíveis)


Ficam inelegíveis políticos que tiveram contas relativas a cargo público rejeitadas (11x0). (Alguns ministros fizeram observações que não mudariam a ideia principal do texto)


Quanto a quem renunciar para escapar de possível cassação fica inelegível, o plcar foi de 11x0.


Fonte: Agência Brasil







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