Alunos devem recorrer a outras autoescolas, sem prejuízo do cronograma (Foto: Divulgação)

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) orienta que alunos matriculados em autoescolas que foram suspensas, após a descoberta de um esquema de fraudes na emissão de carteiras de motorista, podem trocar de empresa sem precisar recomeçar o processo. Já as pessoas que pagaram para conseguir a carteira de motorista devem responder por corrupção ativa.

Em Douradina, uma autoescola teve as atividades suspensas por determinação judicial. Com o fechamento, a cidade de 5,3 mil habitantes passa a contar com apenas um centro de formação de condutores.

O advogado Felipe Cazuo Azuma, que defende o dono da autoescola fechada em Douradina, diz que o cliente é considerado foragido pela Justiça, mas que ele nega a acusação de ter intermediado a negociação para a compra de uma carteira de habilitação. Azuma afirma que já pediu a suspensão da ordem de prisão.

As investigações começaram há cinco meses e apontam que o esquema era feito há pelo menos dois anos em Campo Grande e outras seis cidades do interior do estado. De acordo com a corregedoria do Detran-MS, os instrutores das autoescolas faziam o contato com os funcionários do Detran-MS, que cobravam de R$ 800 a 3 mil para comprar os exames.

O valor cobrado pela CNH dependia da quantidade de exames que a pessoa queria que fosse fraudado. As investigações apontaram que existia até desconto para quem contratava uma espécie de pacote, que incluía exame médico, psicológico, teórico e prático. Na operação deflagrada pela corregedoria, em parceria com a Polícia Civil, 18 pessoas foram presas mas já estão em liberdade.

Outra autoescola também teve suas atividades suspensas pelo Detran-MS em Naviraí.

Fonte: Detran-MS