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Postada por: Andrey Vieira dia 29/11/2011
Com 3,5 milhões de toneladas de cargas, ALL contrata e investe na ferrovia
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Com demanda de 3,5 milhões de toneladas de carga por ano, a ALL – América latina Logística, que desde 2006 detém a concessão da ferrovia em Mato Grosso do Sul, anunciou investimentos de R$ 20 milhões da revitalização da malha. Além dos investimentos na reforma da ferrovia, a ALL abriu contratação de funcionários. Somente em MS são 34 novas vagas na área de produção.


A malha férrea, com 900 quilômetros, corta o Estado de Leste a Oeste. Os produtos transportados pela ferrovia são celulose, cimento e minério, além de combustíveis e produtos siderúrgicos procedentes de São Paulo. O novo gerente da empresa em Mato Grosso do Sul, Sinuê Brondi, em visita ao Campo Grande News que o custo do transporte ferroviário é bastante competitivo, sendo de 15% a 20% mais barato que o rodoviário, levando em conta o período do ano, sazonalidade, quantidade de carga transportada, distância e volume. “Quanto maior a distância e o volume de carga, mas em conta é o transporte ferroviário”, diz Brondi.


Ao contrário das expectativas, a ALL não pretende entrar no negócio de passageiros. “A meta é investir e melhorar nossa atuação cada vez mais no transporte de cargas”. Para a ALL, o processo de modernização da malha anda junto com o desempenho da empresa, mas reconhece que os trechos críticos da ferrovia ainda são gargalos que precisam ser superados. ”Em 2006 atingíamos uma velocidade de 5 km em alguns trechos e até 18km em Campo Grande. A meta é percorrermos a maior parte com velocidade de 53 km/h”.


A ALL possui uma malha de 21.300 mil quilômetros de extensão, que abrange os Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil, e nas regiões de Paso de los Libres, Buenos Aires e Mendoza, na Argentina. Opera uma frota de 1.095 locomotivas, 31.650 mil vagões e conta com unidades localizadas em pontos estratégicos para embarque e desembarque de carga.


Desde que foi fundada, em 1997, com a concessão da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), a ALL busca busca expandir. Com a incorporação da Brasil Ferrovias em 2006, incluiu em suas operações o acesso ao porto de Santos passando a atuar nos maiores corredores de exportação de commodities e principais regiões industriais do país.


Investimentos - Exclusivamente em manutenção dos trilhos, serão investidos R$ 20 milhões. “O objetivo é garantir o aumento da produtividade e da segurança na circulação de trens”, disse Sinuê Brondi. Somente neste mês de dezembro, a empresa fará a troca de 4 mil dormentes. Também será realizado o nivelamento da via, correção de bitola (distância entre um trilho e outro) e a solda nas emendas dos trilhos.


A Unidade de Produção de Mato Grosso do Sul (UP-MS) investe, com mão de obra e material, cerca de R$ 2,5 milhões por ano. Esses recursos são usados para trocar média de 350 dormentes por dia. “O desafio é ampliar a movimentação de cargas com foco na segurança e na produtividade da operação”, aponta Brondi.


O coordenador da via permanente da UP-MS em Campo Grande, Rafael Vitorete Milanez, explica que para cada trecho da malha do Estado, há um supervisor que faz rondas semanalmente com auto de linha ou trem, observando os trilhos. “A cada 100 quilômetros existe um ou dois rondantes que fazem uma inspeção na malha férrea. Eles são os nossos olhos na linha”. Segundo ele, todas as informações são inseridas no Sistema de Informação da Via (SIV), que gera um relatório minucioso da situação de cada trecho.


Em dezembro de 2010 a ALL anunciou a criação da Brado Logística, em sociedade com a Standard Logística, para o transporte de contêineres. Em julho de 2011, a companhia criou a Ritmo Logística, uma nova empresa no segmento de transporte rodoviário. Neste projeto, a unidade ALL Serviços Rodoviários foi segregada, fundindo-se com a Ouro Verde Logística. Esta companhia tem foco específico em serviços rodoviários. A ALL tem 65% da nova empresa e a Ouro Verde 35%.


A ALL também está expandido nos outros cinco estados onde atua. Incluindo MS, o plano de contratações prevê 300 novos postos na área de produção, para nível médio. A ALL vai treinar os novos funcionários, por isso dispensa experiência.


Fonte: CG News







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