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Postada por: Andrey Vieira dia 24/11/2011
Chevron admite que vazamento de óleo na Bacia de Campos continua
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O presidente da Chevron, George Buck, admitiu nesta quinta-feira (23), durante depoimento na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, que o vazamento de óleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos, continua. Ele ressaltou, contudo, que o volume é pequeno e que, na superfície do oceano, resta apenas uma quantidade de óleo equivalente a três barris de petróleo.


“Se ainda há vazamento? Sim, o vazamento ainda está em curso. Foi mostrado um vídeo que mostra o pior ponto da mancha no fundo do mar, e há menos de três barris na superfície do oceano”, afirmou. Mais cedo, durante a audiência, Buck havia dito que o vazamento foi contido e que haveria apenas “óleo residual” - declaração que foi contestada pelo coordenador de segurança operacional da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Raphael Moura.


“A ANP identificou vazamento pequeno, mas fluindo”, disse Moura. Após ser questionado por um deputado sobre o assunto, Buck admitiu que o vazamento continua e disse que a Chevron está “se esforçando” para zerar o escape de óleo.


Ele afirmou que enviou ao Ibama e à Agência Nacional do Petróleo um plano para capturar a substância que permanece na superfície do mar. “Providenciamos um plano para o Ibama e a ANP para capturar esse óleo, que foi aprovado imediatamente. Estamos trabalhando em conjunto com a ANP para esclarecer as perguntas que a ANP ainda tem. Se existe esforço de interromper o vazamento por parte da empresa? Acredito que sim.”


Trabalhadores ilegais
Buck também foi questionado sobre as suspeitas da Polícia Federal de que a Chevron contaria com trabalhadores ilegais no Campo do Frade. “Coletamos cópias de todos os vistos e não encontramos qualquer irregularidade”, disse o presidente da petrolífera.


De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que funcionários estariam trabalhando na Chevron sem a documentação exigida pela legislação brasileira. “Eles não poderiam estar lá (no Campo do Frade). Esses trabalhadores ilegais receberiam os salários fora do Brasil, o que configura crime de sonegação fiscal e evasão de divisas”, disse ensta segunda (21) o delegado Fábio Scliar, da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal.


Fonte: G1







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