O processo acelerado de valorização de imóveis tem atraído investidores de várias partes do País a Campo Grande, incluindo celebridades como o jogador de futebol Diego, hoje no Juventus da Itália.
Há três anos e meio, Diego comprou dois terrenos de 460 m², cada, no condomínio “Altos da Afonso Pena”. O valor da transação não é revelado pela imobiliária que intermediou a negociação, por questão de sigilo, mas, segundo apurado, hoje o metro quadrado naquele condomínio chega a custar R$ 600,00, preço 3 vezes maior que o de compra.
O pai do jogador deve começar agora a administrar a construção de imóveis para vender.
Em Campo Grande, a valorização em condomínios fechados decorre da lei de oferta e procura: eles representam apenas 0,2% dos empreendimentos da cidade, afirma o corretor de imóveis Levi Ratier, um dos mais tradicionais na cidade.
“Se colocar um imóvel em condomínio fechado hoje para vender na semana que vem está com o dinheiro na mão”, exemplificou.
Uma região com intensa procura é do bairro Rita Vieira, próximo ao Rádio Clube Campo. “Lá existe um condomínio fechado que triplicou de valor em três anos”, cita. A segurança é um dos principais atrativos destes empreendimentos.
O presidente do Sindimóveis (Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul), Renato Proença Brum, reforça que hoje há escassez de imóveis de alto padrão e isso garante venda de 100% das unidades que são construídas.
Ele acrescenta que a criação do ambiente propício para investidores também é resultado de investimentos públicos, especialmente com abertura de novas vias. “A isso se soma a disponibilização de grande volume de recursos pela Caixa Econômica Federal. Em 2008 os financiamentos em Mato Grosso do Sul ficaram em primeiro lugar do País, na proporção e neste ano deve haver um novo recorde”, diz.
Renato afirma que a procura por imóveis tende a continuar aquecida nos próximos anos, devido à segurança do investimento. “O imóvel valoriza no mínimo 15% já na compra. Não existe regressão de preços”, diz.
O presidente do Secovi/MS (Sindicado da Habitação), Marcos Augusto Netto, avalia que o equilíbrio da lei de uso do solo foi um ponto fundamental para que a cidade atingisse o atual ritmo de desenvolvimento. “Não temos nenhum absurdo, impostos muito caros e isso faz com que haja valorização permanente nos imóveis. Não se ouve falar em desvalorização. Esse tipo de equilíbrio é vital porque faz com que as pessoas se sintam satisfeitas tanto que o índice de adimplência do IPTU é de quase 80%”, avalia Marcos Augusto.
Outro fator que destaca é a vinda de novos empreendimentos e indústrias que movimentam a economia. “Os pontos que atraem as pessoas são a segurança; seremos a primeira capital brasileira a não ter favelas em zona de risco. As ruas são largas e espaçosas e bem planejadas”, elenca.
Além disso, o presidente do Secovi destaca a localização estratégica em relação aos outros estados. “Existem empresários que moravam em outros estados como São Paulo que vieram para cá morar com a família, continuam trabalhando lá e moram aqui e no fim de semana vem ficar com a família”, finaliza.
Fonte: Campo Grande News