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Postada por: Andrey Vieira dia 13/10/2011
Jornal Nacional envia equipe a Dourados para saber o que foi feito com verba federal
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Uma equipe da Rede Globo irá até Dourados nesta quinta-feira (13) para fiscalizar o destino da verba federal destinada à saúde indígena do município. No noticiário desta quarta-feira (12), o repórter Ande Luiz Azevedo, que integra a equipe do JN no Ar, do Jornal Nacional, anunciou a viagem até a segunda maior cidade do Estado depois que o MPF (Ministério Público Federal) pediu explicações à Prefeitura quanto ao destino dado aos recursos.


Na segunda-feira (10), o MPF/MS divulgou em seu site que a Prefeitura de Dourados teria 48 horas para explicar o que foi feito com quase dois milhões de reais enviados pelo governo federal entre 2009, 2010 e 2011. Essa verba foi destinada ao apoio à saúde indígena e deveria ser gerida pela administração municipal. De acordo com o Ministério Público, entretanto, uma vistoria realizada nos postos de saúde das aldeias do município - Bororó e Jaguapiru - constatou situação degradante. Diante das constatações, os procuradores exigem uma explicação.


Agora, as atenções da maior rede de televisão do País se voltam mais uma vez à cidade. “O nosso destino final é o município de Dourados, a segunda maior cidade do estado. Vamos até a Reserva Indígena de Dourados, porque até agora a prefeitura não deu ao Ministério Público uma explicação sobre o porquê o dinheiro repassado pelo governo federal não está chegando até os postos de saúde. Com o apoio da nossa afiliada local, a TV Morena, vamos tentar entender, descobrir o que está acontecendo e mostrar como a falta desse dinheiro está prejudicando o atendimento médico de quase 13 mil índios”, destacou o jornalista André Luiz Azevedo durante um dos blocos desta quarta do Jornal Nacional.


A vistoria do Ministério Público Federal que gerou os questionamentos e atraiu a atenção da imprensa nacional foi realizada no mês de setembro. “O MPF encontrou diversos problemas nas unidades Zelik Trajber e Ireno Isnardi (Aldeia Bororó) e Guateca e Jaguapiru II (Aldeia jaguapiru). Três dos postos foram construídos abaixo do nível da rua e em terrenos com caída para o fundo. Quando chove, a enxurrada invade os prédios, trazendo muita lama”, diz trecho da nota divulgada pelo MPF.


Entre outros problemas destacados pelo Ministério Público, há também “lixo hospitalar em banheiros, arquivos enferrujados, cadeiras rasgadas, portas sem maçanetas, janelas quebradas, salas de atendimento abarrotadas de caixas e com fios elétricos à mostra, teto mofado, portas fechadas com pedaços de madeira e até uma fossa destampada”. Além do órgão federal, a imprensa agora questiona o motivo da situação precária em meio ao investimento federal da ordem de R$ 1,8 milhão dos últimos três anos.


Fonte: Grande Dourados News







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