“Cadeia é sofrimento. Eu saí de lá sem olhar para trás”, foram as primeiras palavras da atriz pornô Juliana de Assis Novaes Cardoso ao deixar na tarde desta quarta-feira (24) o Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande. Conhecida no meio artístico como Julia Fontanelli, ela estava na penitenciária desde o dia 15 de agosto.
Juliana, que foi presa com o marido no dia 10 de agosto, com um carro roubado, foi libertada após o pagamento de R$ 3 mil de fiança.
O valor foi estipulado pelo juiz da 4ª Vara Criminal, Wilson Leite Corrêa, na decisão em que concedeu a liberdade condicional para ela.
Depois de 14 dias presa , a atriz disse em entrevista ao G1 que o período de detenção foi difícil. “Estou transtornada, achei que não ia ser bem tratada, mas na medida do possível me trataram bem. Eu fiquei em uma sala com mais 40 mulheres, entrei lá mal de saúde e preciso me recuperar”, conta.
A atriz voltou a dizer que é inocente e que no momento em que foi abordada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Dourados, não imaginou que o carro estaria com problemas. “Eu estava com aquele carro há 3 dias, nunca que eu ia roubar um carro, tenho uma carreira estável e todos conhecem a minha índole”, afirma a atriz.
De acordo com o advogado Abdallah Maksoud Neto, o marido de Julia Fontanelli deve ser liberado até o fim desta quinta-feira (25).
O caso
Julia Fontanelli foi presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no dia 10 de agosto, na BR-163. Segundo a Polícia Civil, ela viajava com o marido em um carro que havia sido roubado em Natal, no Rio Grande do Norte, e que tinha placas frias e numeração do chassi adulterada.
A atriz pornô, que diz ter mais de 200 filmes no currículo, nega a participação no crime e diz que adquiriu o automóvel de terceiros em São Paulo, onde mora atualmente. Ainda segundo a atriz, ela e o marido passaram em Mato Grosso do Sul porque iriam ao Paraguai para fazer compras.
De acordo com a Polícia Civil, a atriz e o marido são suspeitos de receptação de carro roubado, falsidade ideológica, uso de documento falso e adulteração de sinal identificador de veículo. No dia 15 os dois foram transferidos da Delegacia Especializadas de
Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), para dois presídios da capital.
Fonte: G1/ MS