A taxa média de juros do crédito cobrada das famílias (pessoas físicas) caiu 0,4 ponto percentual na passagem de junho para julho, e ficou em 45,7% ao ano, segundo dados divulgados hoje (24) pelo Banco Central (BC). No caso das empresas (pessoas jurídicas), no entanto, a taxa média subiu 0,6 ponto percentual, para 31,4% ao ano.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, não pode ser considerada uma tendência a queda na taxa de juros para as pessoas físicas em julho. “A tendencia é que haja alta e na margem tem esse movimento.”
Os dados dos primeiros dias úteis deste mês, em comparação com final de julho, mostram que a taxa de juros para as famílias subiu 0,7 ponto percentual, para 46,4% ao ano. No caso das empresas, houve queda de 0,7 ponto percentual, para 30,7% ao ano.
A inadimplência, como são considerados os atrasos superiores a 90 dias, ficou estável para as empresas (3,8%), enquanto para as famílias subiu 0,2 ponto percentual, para 6,6%.
De acordo com Maciel, a expectativa é que haja acomodação e queda da inadimplência ao longo deste semestre. Segundo ele, isso será possível devido ao aumento do emprego e da renda e como resultado das medidas do governo de restrição ao crédito com prazos mais longos.
“A contenção da ampliação dos prazos é positiva nas modalidades de crédito pessoal e aquisição de veículos, que vinham crescendo em volume e em prazos”, acrescentou Maciel.
Fonte: AgênciaBrasil