Os temores em relação à desaceleração da economia global e aos problemas de dívida soberana na Europa voltaram a preocupar os mercados do Brasil e do mundo nesta quinta-feira (18). Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os negócios abriram o dia no vermelho.
Às 11h, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, caía 4,24%, aos 52.736 pontos.
A piora de humor do investidor estaria relacionada à notícia de que as autoridades reguladoras federais e estaduais nos Estados Unidos estão intensificando o monitoramento das filiais americanas de grandes bancos da Europa, diante do temor de que a crise da dívida europeia possa respingar no sistema bancário dos EUA. A informação foi passada por pessoas a par da situação ao Wall Street Journal.
O mau humor do mercado brasileiro segue a tendência mundial: nesta quinta-feira, os principais mercados europeus operavam com expressivas quedas, também receosos quanto ao ritmo de crescimento global. No mercado britânico, as principais perdas eram de papéis ligados ao setor de mineração e financeiro.
A Bolsa de Nova York abriu nesta quinta-feira em forte baixa,. Por volta das 10h40, o Dow Jones perdia 2,19% e o Nasdaq caía 3,0%.
Na quarta-feira (17), o principal indicador da bolsa nacional encerrou com alta de 1,38%, aos 55.073 pontos, impulsionado principalmente pelo exercício de opção sobre o futuro do Ibovespa.
Na Ásia, os mercados mais expressivos fecharam em desvalorização nesta quinta, mesmo com a notícia de superávit na balança comercial do Japão. O Nikkei 225, de Tóquio, caiu 1,25%, para 8.943 pontos, e o Hang Seng, de Hong Kong, diminuiu 1,34%, para 20.016 pontos.
Indicadores
No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) que registrou inflação de 0,20% em agosto. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,37% no ano.
Na agenda de indicadores, o número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentou para 408 mil na semana terminada em 13 de agosto, de acordo com o Departamento de Trabalho. Foram 9 mil a mais que os pedidos efetuados na semana imediatamente anterior, número revisado para cima. Economistas esperavam alta menor, para 400 mil pedidos.
Ainda nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,5% em julho, na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. Foi a maior alta desde março e superior às estimativas de analistas consultados pela Dow Jones, de aumento de 0,3%. Em junho na comparação com maio, o IPC americano havia recuado 0,2%.
Fonte: G1