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Postada por: Andrey Vieira dia 16/08/2011
Presidente da Câmara emite nota de esclarecimento
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Gean Volpato, presidente da Câmara de Naviraí (Foto: Divulgalção)


Senhoras e senhores quero dedicar parte da minha fala de hoje em dirigir algumas palavras à imprensa, meio de comunicação este tão essencial em um Estado Democrático de Direito.


A informação, imprescindível em uma sociedade livre, tem contribuído enormemente para com o conhecimento e cultura dos cidadãos brasileiros, os quais, não raro, acreditam e decidem sob a influência dos meios de comunicação.


Portanto, esse relevante papel desempenhado pela imprensa, seja ela nacional regional ou local, deve ser exercido com a mais salutar imparcialidade e responsabilidade, restringindo-se a noticiar os fatos reais, sem deturpações ou presunções.


Não é a toa que nossa Constituição Federal, não obstante garantir o direito à informação prevê indenização pelos excessos cometidos na hora de divulgar.


Neste sentido, os profissionais dessa área devem ter cuidado redobrado ao desempenharem seu trabalho, sob pena de cometer injustiça e, principalmente, transmitir informação falsa.


Faço este alerta por ser também vítima de noticiário falacioso, haja vista semana passada ter sido alvo de matéria jornalística totalmente distorcida da realidade.


Explico! Saiu em um jornal virtual local, além de minha fotografia, a seguinte manchete: “Decisão pode custar a perda do mandato”.


No bojo da matéria, o jornalista responsável pela notícia propala o seguinte: “Mesmo após ter sido advertido pelo promotor de Justiça – Gean ignorou a recomendação oficial. Ele permitiu um voto do mínimo questionável do vereador Vanderlei Chagas (PR). Foi no dia da votação do projeto feito para permitir a desafetação da rua Ladário”.


Mais abaixo diz que “de acordo com promotor, o processo contra Gean já está em andamento. E ele não compareceu na audiência preliminar de transação penal, que poderia lhe levar ao direito da suspensão do processo, o que ocasionaria o não julgamento por dois anos, como explica o vereador Antônio Carlos Klein”.


Primeiramente, forçoso esclarecer que nada do que esse jornal noticiou condiz com fatos reais. Até mesmo a fonte da informação é dúbia, ou seja duvidosa, incerta, pois, não é possível saber se foi o promotor de Justiça ou o vereador Klein quem teria afirmado tamanha distorção fática.


Segundo que em relação à desafetação da Rua Ladário não existe um processo sequer contra minha pessoa, mas sim, uma ação civil pública em desfavor da Câmara Municipal.


Terceiro, que mencionado processo por suposta prevaricação possuí origem a contratação de uma copeira que seria tia de minha ex-noiva, tendo o Ministério Público entendido ter havido nepotismo no caso concreto, do que, Data vênia, ou seja , discordamos, pois, indubitavelmente referida contratada não é minha parente, residindo ai o motivo de não ter comparecido na citada audiência preliminar.


Quarto, não se pode tecnicamente confundir “transação penal” com “suspensão do processo”, como fez o jornalista, já que a falta da primeira não impede a segunda, ou seja, apesar de eu não ter transacionado com o Ministério Público posso perfeitamente, caso aceite as condições futuramente apresentadas, ser beneficiado com a suspensão do processo, possibilidade que analisarei oportunamente.


Portanto, noticiar que corro o risco de perder o mandato em virtude da votação do vereador Vanderlei Chagas no projeto de desafetação da Rua Ladário é pura suposição de falacioso jornalista, da mesma forma que posso supor que se ele continuar agindo contra os princípios que norteiam o direito de informar não terá futuro em sua carreira.


Por fim, forçoso esclarecer que a participação do vereador Vanderlei Chagas na votação do projeto que desafetou a Rua Ladário ocorreu em virtude da assessoria jurídica desta Casa de Leis ter entendido não haver óbice de cunho legal em sua participação na referida votação, não sendo eu, portanto, que permiti sua participação na propalada votação.


Feitos estes esclarecimentos, espero que atitudes sensacionalistas, irresponsáveis e mendazes como a praticada pelo jornalista responsável por citado jornal não se repitam.


Fonte: Assessoria







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