A Secretaria estadual de Segurança do Rio solicitou, na noite desta sexta-feira (23), ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público a transferência de 10 presos para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Segundo o órgão, o motivo são os últimos confrontos causados pela guerra do tráfico.

De acordo com o último balanço divulgado pela Polícia Militar, 39 pessoas foram mortas em confrontos e outras 58 foram presas desde sábado (17), em operações para capturar criminosos envolvidos na invasão ao Morro dos Macacos, na Zona Norte. A polícia apreendeu 38 armas e cinco granadas.

Em nota oficial, a Secretaria de Segurança informou que os presos que deverão ser transferidos para o presídio federal neste sábado (24) são: Nei da Conceição Cruz (“Nei Facão”), Edgar Alves Andrade (“Doca”), Cássio Monteiro das Neves ("Cassio da Mangueira"), Márcio Silva Matos (“Marcinho Muleta”), Roberto Ferreira Vieira (“Robertinho do Jacaré”), Jorge Alexandre Candido Maria (“Sombra”), Marcelo Soares de Medeiros (“Marcelo PQD”), Fábio Pinto dos Santos (“Fabinho São João”), Ocimar Nunes Robert (“Barbosinha”) e Claudecyr de Oliveira ("Noquinha").

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou que, até as 22h, ainda não havia informações sobre a autorização para a transferência dos presos.

Tiroteio na Penha

Um intenso tiroteio parou na manhã desta sexta o bairro da Penha, no subúrbio, nas imediações da Vila Cruzeiro, favela onde o 16º BPM faz uma operação. Três pessoas ficaram feridas a bala. Moradores assustados tiveram que se esconder atrás de carro e alunos de uma escola pública não puderam sair das salas de aula.

Mais tarde, um novo confronto registrado no bairro. Segundo o tenente Márcio Martins, do 16º BPM (Olaria), o tiroteio foi provocado por um grupo de criminosos que tentava socorrer um traficante ferido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região.

De acordo com a PM, um policial que fazia a segurança da unidade de saúde viu um grupo de oito criminosos se aproximando da UPA pelo Parque Ary Barroso, que fica atrás da unidade.

O policial reagiu e pediu reforço. Equipes do 16º BPM e do Batalhão de Choque foram ao local e houve um intenso tiroteio. A troca de tiros começou por volta das 15h e durou cerca de 40 minutos, deixando apreensivos moradores e pacientes que aguardavam atendimento. Os criminosos, em seguida, retornaram para a favela pelo parque.

Fonte: G1