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Postada por: Andrey Vieira dia 02/08/2011
Menor infrator morre em hospital e causa polêmica em Dourados
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A morte de um menor infrator está causando polêmica em Dourados. O adolescente Elieverton Freire Viana, 16 anos, que era interno da Unidade Especial de Internação (Unei) Laranja Doce de Dourados, faleceu por volta das 4h da manhã domingo (31 de agosto) no Hospital da Vida. Na certidão de óbito que está em poder da família consta que a morte foi provocada por ruptura do baço, trauma abdominal e hemorragia interna.


Elieverton que estava cumprindo medida sócioeducativa na Unei por assalto a mão armada desde o mês de março, passou mal na última quarta-feira, dia 27 e foi internado no Hospital da Vida. No sábado de manhã ele recebeu alta e voltou para a Unei. Por volta de meia-noite de sábado para domingo seu quadro de saúde apresentou complicações. Ele retornou ao hospital e morreu cerca de quatro horas depois.


O corpo foi sepultado ontem de manhã e a mãe dele a empregada doméstica Rosana Carolina Freire Viana, moradora no Jardim Água Boa, acredita que ele possa ter sido vítima de agressão dentro da Unei e pretende denunciar o caso na justiça, porque até agora não obteve nenhuma resposta convincente sobre o fato.


Rosana afirma que o filho estava em ótimas condições de saúde quando entrou na unidade de internação e a família exige saber o que ocorreu com o garoto que culminou com a morte. “Nenhuma das vezes que eu fui lá pra visitar ele me disse que foi agredido. Mas eu tenho o direito de saber o que aconteceu”, afirmou.


Rosana disse que em uma das oportunidades que esteve lá em companhia de outras mães, ouviu gritos dos internos no final do horário de visitas. Segunda ela, todas voltaram correndo para dentro do prédio e os gritos cessaram. Logo depois do ocorrido um dos quartos dos internos pegou fogo e os menores acusaram um dos agentes educadores de ter sido o responsável pelo incêndio.


Diretor nega agressão


O diretor da Unei Odenir Alves de Souza disse por telefone celular não ter conhecimento de qualquer agressão contra Elieverton na unidade e que toda a assistência foi dada ao jovem desde que ele passou mal. Souza ainda criticou o médico que o atendeu quando ocorreu a primeira crise no dia 27 e entende que o menor não poderia ter recebido alta do hospital nas condições em que estava.


“Nós fomos informados ontem (domingo) lá pelas nove horas que nós tínhamos que registrar o boletim de ocorrência para liberar o corpo lá no Hospital da Vida. Chegando lá, a família já estava fazendo um ‘auê’ que o adolescente tinha sido espancado. Eu estou bem tranquilo com relação a isso, bem resguardado porque em momento algum a família fez qualquer queixa”, disse o diretor.


Souza disse ainda que semanalmente representantes do Ministério Público Estadual (MPE) e da defensoria pública realizam vistorias na Unei e que o local também é visitado pelo menos uma vez por mês pelo juizado da infância e juventude e que em nenhuma oportunidade o menor ou seus familiares denunciaram qualquer tipo de agressão.


Fonte: Correio do Estado







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