Mato Grosso do Sul tem 21 empregadores na lista suja do trabalho escravo, divulgada hoje pelo Ministério do Trabalho, relacionando 251 pessoas autuadas por exploração de trabalhadores no País.
Entre os empregadores, a maioria expressiva é da área rural, incluindo representantes de fazendas, usinas e carvoarias. Os nomes do Estado representam 8% do total do cadastro.
Os nomes são mantidos na lista quando há reincidência, quando o empregador não quitou as multas impostas pela fiscalização do trabalho, e nos casos de ações que estejam tramitando no Poder Judiciário. Há pessoas que recorrem ao Poder Judiciário para ter seu nome excluído da lista e, em cumprimento à decisão judicial, o nome é imediatamente retirado.
O Ministério divulgou que, nesta atualização, foram analisados os relatórios de fiscalização e pesquisados dados das superintendências regionais do trabalho e emprego, entre outros órgãos. Também foi consultado o Sistema de Acompanhamento do Trabalho Escravo do ministério.
O documento divulgou pelo Ministério traz o nome da pessoa autuada, o da empresa e o número de trabalhadores resgatados por estarem atuando em condições análogas à de escravo.
O maior número, segundo a tabela, foi na Agrisul Agrícola, em Brasilândia, onde foram 1011 trabalhadores, em julho de 2009.
Enquanto o empregador está com o nome no cadastro, ele não recebe financiamentos com recursos públicos. Além disso, o setor privado penaliza os infratores por meio do Pacto Nacional com medidas restritivas de relacionamento comercial.
Fonte: CG News