A queda do Airbus A330 da Air France que cumpria o voo 447 Rio-Paris foi provocada por três fatores, informa o "Le Figaro". O jornal francês diz que o relatório produzido pelo Escritório de Investigações e Análise (BEA, na sigla em francês), que analisou os dados e gravações das caixas-pretas, informará nesta sexta-feira (29) que o acidente foi causado pelo congelamento das sondas Pitot, perda brusca de velocidade da aeronave e erro de um co-piloto.

Segundo o periódico, o relatório vai dizer que a tripulação do cockpit não conseguiu entender os problemas enfrentados pelo avião e que foi incapaz de resolver a situação a tempo de evitar a tragédia.
 

De acordo com o relatório que o jornal afirma estar antecipando, o co-piloto menos experiente não recebeu treinamento para lidar com perda de velocidade.
 

O "Le Figaro" informa que um co-piloto experiente assumiu seu lugar no lado esquerdo do cockpit do Airbus, pouco depois que o comandante deixou a cabine para ir descansar. Outro co-piloto, o menos experiente, teria assumido o assento do lado direito do avião.
 

Logo após a desconexão do piloto automático, provocada pelo congelamento das sondas externas, o co-piloto da direita teria levantado o nariz da aeronave, puxando os controles, e a levado a 37.500 pés.
 

O relatório vai sustentar que a manobra de puxar o manche “é incompreensível”, pois o procedimento correto no caso seria desacelerar a aeronave e reduzir a incidência, ou seja, empurrando as alças de controle.
 

Ainda de acordo com a publicação francesa, o relatório diz que o co-piloto da esquerda teria perdido segundos preciosos ao tentar chamar o capitão através de um alarme.
 

Quando o comandante retornou ao cockpit, os co-pilotos informaram que não estavam entendendo o que estava ocorrendo, mas o comandante "foi incapaz de analisar a situação".

A última informação do relatório diz que segundos antes do impacto do Airbus, os controles da aeronave foram levados para o lado esquerdo.

Fonte: G1