No Procon, 246 pessoas dizem que vão lutar por ressarcimento do show de Luan Santana
Frustrados, alguns consumidores que compraram a área vip para o show do cantor Luan Santana, no dia 23 de abril, durante a Expogrande, em Campo Grande, reafirmaram, nesta manhã, que vão continuar a cobrança pelo ressarcimento do ingresso.
A reclamação deles é que, em determinado momento do show, uma das grades que separavam a área vip do público comum, rompeu, misturando os públicos.
Nesta terça-feira ocorreria na sede do Procon/MS o ressarcimento dos consumidores que se sentiram prejudicados, no entanto, ontem, a empresa organizadora do show, a JPL3 Produções, recuou e anunciou que não fará a devolução referente à metade do valor, conforme previa acordo.
O coordenador do Procon, Alexandre Rezende, afirmou que 246 pessoas foram ao órgão para reivindicar o reembolso. Agora, o Procon vai notificar a empresa, até amanhã, com multa de R$ 1 mil por pulseira e os valores finais podem chegar a R$ 300 mil.
O valor da pulseira variou entre R$ 60 e R$ 80, dependendo da data e lote que foi comprada.
A partir da notificação, a JPL3 tem prazo de 10 dias para recorrer. O Procon também vai encaminhar a questão para o Ministério Público e para a Delegacia do Consumidor.
“O Ministério Público tem de tomar as providências cabíveis e pode até suspender a licença desta empresa que historicamente deu problemas”, afirmou Alexandre.
O Procon oferece, aos consumidores do caso, assessoria jurídica gratuita por meio da Adec (Associação em Defesa dos Consumidores e Contribuintes).
“Por meio da Adec as pessoas que se sentiram lesadas ainda podem ingressar com ações individuais contra a empresa”, destacou o coordenador do Procon.
Indignação
A coordenadora pedagógica Vania Melgarejo, 27 anos, conta que foi no show com amigas e levou à filha de 6 anos. Ela reclama que pagou mais caro para dar conforto à filha e que isto não ocorreu.
“Só levei minha filha porque ela é muito fã do Luan Santana. A área vip estava superlotada e não oferecia segurança. Acabei tendo de ir embora na terceira música”, lamenta, relatando que comprou a pulseira por R$ 80 no último lote.
Já a dona de casa Ivonete da Silva Santos, de 44 anos, reclamou da falta de organização. “Venderam convite a mais do que a estrutura comportava. Não adianta só querer ganhar. Graças a Deus não aconteceu um incidente grave”, pontua.
A funcionária pública Maria Aparecida Marinho, de 47 anos, garante que, após o show, sua filha, de 14 anos, chegou em casa apresentando hematomas, no braço e na perna, “por conta do tumulto e lotação na área vip”.
As três, que estiveram no Procon nesta manhã, disseram que agora querem o reembolso integral do valor comprado pelas pulseiras.
O órgão informa que as pessoas que não recorreram ainda podem reivindicar a devolução da taxa.
Outro lado
No dia 27 do mês passado, em nota, a JPL3 minimizou o incidente. Alegou que não houve a invasão na área vip, mas admitiu a confusão por conta do grande público, inclusive com queda de grades de segurança.
“O que aconteceu foi que gerado pelo grande número de pessoas e o tumulto, apenas três grades de segurança, que dividiam a área restrita e a pista foram derrubadas, antes do início do show. Então, foi criado um cordão pelos seguranças para evitar que área vip fosse invadida e para a segurança e integridade das pessoas que estavam tanto na pista quanto nas demais áreas”, dizia um trecho da nota.
Fonte: CG News
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