Projeção de inflação no ano sobe pela quinta semana seguida
As pressões inflacionárias aumentam o ritmo, e as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sobem há cinco semanas, de acordo com o boletim Focus, resultado de pesquisa que o Banco Central (BC) realiza todas as sextas-feiras com uma centena de analistas financeiros do setor privado para acompanhar as tendências do mercado sobre os principais indicadores da economia.
Na pesquisa da última sexta-feira (8), a expectativa de inflação subiu de 6,02% para 6,26%, em função, principalmente, de o IPCA de março ter ficado bem acima das projeções de mercado. Enquanto os analistas previam inflação levemente acima de 0,50%, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, na quinta-feira (7), que a inflação em março chegou a 0,79%, mantendo praticamente os mesmos níveis de janeiro (0,83%) e fevereiro (0,80%).
As perspectivas de inflação no varejo subiram também em relação aos preços administrados ou monitorados por contrato (energia, combustíveis, educação, saúde, água, saneamento e outros). O reajuste acumulado para esses preços estava previsto em 4,60% no boletim Focus da semana passada, e agora aumentou para 4,70% neste ano, devendo recuar para 4,50% em 2012.
Das três projeções de inflação no varejo, a única que caiu foi a do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP). A expectativa de inflação cedeu de 5,57% na pesquisa anterior para 5,53%, em função do menor ritmo de reajustes dos alimentos no mercado paulista em março. Esse índice se refere apenas a São Paulo.
Existe menor pressão, porém, quanto aos preços no atacado. Os dois índices medidos pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram mais estabilidade, embora em um nível um pouco mais alto. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) manteve a projeção de 7% neste ano (5% em 2012) e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) aumentou de 6,96% para 7,04% na comparação semanal. A estimativa para o ano que vem passou de 4,88% para 4,89%.
Fonte: Agência Brasil
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