Adilson Batista é demitido e deixa o comando do Santos

Comerciante coloca faixa de protesto contra Adilson Batista (Foto: Ivan Storti)

A torcida pediu, contestou e o técnico Adilson Batista acabou deixando o cargo de técnico do Santos. Os resultados não eram dos piores, mas a derrota no clássico contra o Corinthians iniciou uma grande pressão em cima do treinador, que se tornou maior após empate contra o São Bernardo. Antes do jogo contra o Cerro Porteño (PAR), a diretoria acabou optando por trocar o comando técnico.

A decisão foi tomada na tarde de ontem aós longa reunião entre a diretoria e a presidência do clube. A cúpula não estava satisfeita com os resultados e o futebol apresentado nos últimos jogos. Assim, a saída de Adilson Batista foi anunciada.

O gerente de futebol do Santos, Nei Pandolfo, foi procuarado mas a ordem no clube era evitar dar declarações para a imprensa. O único pronunciamento foi através de uma nota oficial, que confirma a saída de Adilson.

O diretor de futebol do clube, Pedro Luiz Conceição, dará uma entrevista coletiva nesta segunda-feira para explicar a decisão. Enquanto isso, o time será comandado interinamente por Marcelo Martelotte, assim como aconteceu após queda de Dorival Júnior, no ano passado.

Adilson Batista começou indo bem no comando santista. Mesmo sem vários titulares, assumiu a liderança do Paulistão nas cinco primeiras rodadas. Em seguida, no entanto, os resultados pioraram e a relação com a torcida ainda mais.

No sábado (26), foi alvo de protesto até quando o time estava vencendo o São Bernardo por 1 a 0. Mesmo assim, começou a ser vaiado quando sacou Zé Eduardo e colocou Maikon Leite. Minutos depois, o Bernô empatou e a pressão sobre o treinador ficou ainda maior.

Depois da partida, foi questionado sobre a chance de perder o cargo nesta semana, mas preferiu não falar sobre o assunto. "Isso eu deixo para o Pedro Luiz resolver. Tenho consciência de que futebol é resultado, mas acho que precisamos analisar a situação como um todo, mas isso é com ele".

Quando chegou, em janeiro, Adilson trouxe com ele o preparado físico José Mário Campeiz, o preparador de goleiros Oscar Rodrigues e o auxiliar técnico Ivair Júnior, que também podem perder o cargo.