Psicólogo acusado de atear fogo em paciente contesta acusação
Acusado de atear fogo em uma paciente em 2006, em Anápolis (GO), o psicólogo Edson Rodrigues de Souza desmente a acusação e alega que apenas protegeu a paciente Edmar Francisco de Oliveira. A informação foi divulgada pela assessoria jurídica dele por meio de nota de esclarecimento.
Edson diz que “nos últimos dias foram divulgadas reportagens com alegações e fatos inverídicos, manifestamente tendenciosos, reportados ao episódio ocorrido na clínica em Anápolis”. Por questão de ética e profissionalismo o psicólogo afirma ter permanecido calado, mas agora decidiu se manifestar apresentando sua versão sobre os fatos.
O psicólogo, que teve o registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Psicologia de Goiás e que foi denunciado esta semana pelo presidente do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul, Carlos Afonso Marcondes Medeiros, por meio de boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), explica que não existe condenação judicial no processo de Anápolis.
Ele reitera que oficializou junto à presidência do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul, no dia 2 deste mês, informações a respeito de suas atividades como terapeuta, bem como apresentou número de registro do Conselho Regional de Terapeuta, comprovando a regularidade e legalidade no exercício da profissão. Desde a cassação de seu registro ele não tem mais atuado como psicólogo, mas sim como terapeuta holístico.
Depois do fato ocorrido em Anápolis, ele veio trabalhar em Campo Grande. A respeito da ocorrência registrada por Carlos na Depac, Edson diz que ele agiu de má fé, pois já tinha recebido as informações de que precisava. Por meio da nota, o psicólogo frisa que “jamais pratiquei ou exerci ilegalmente atividade profissional uma vez que atuo como terapeuta/psicopedagogo, conferido pelo Conselho de Terapeutas Holísticos, registrado sob o número 45977, conforme publicação número 55, de 21 de março de 1997, seção I, página 5678”.
Em outro parágrafo, Edson argumenta que “fui condenado pela mídia, tive minha vida devassada, venho sendo perseguido sem jamais ter sido condenado por juiz ou tribunal, apenas por interesses, corporativismo, reserva de mercado ou falta de escrúpulos de alguns”. Ele lembra o caso da Escola Base, em São Paulo (SP), onde seus donos foram acusados de terem abusado de crianças, sem que houvesse provas contundentes.
Processo - O processo contra Edson tramita na Justiça de Goiás até hoje. Julgado em última instância pelo Conselho Federal de Psicologia, Edson teve o registro cassado em 20 de setembro deste ano.
O psicólogo ateou fogo na paciente Edmar Francisco de Oliveira em 17 de novembro de 2006, durante tratamento em clínica psiquiátrica em Anápolis. No entanto ele ressalta que nem ele, nem a paciente colocaram fogo no colchão, mas que fumavam na hora da terapia.
Depois do incidente, Edson chegou a ser preso e aguarda ao julgamento do processo em liberdade. Contra ele e o Instituto de Psiquiatria Professor Wassily Chuc, onde trabalhava, há, ainda, um pedido de indenização.
O Campo Grande News esteve na tarde de ontem na clínica Santa Fé, onde o psicólogo realizava atendimento mesmo com o registro cassado no Conselho Regional de Psicologia. Uma funcionária da clínica, composta por salas individuais alugadas para os psicólogos, disse que Edson nunca atendia sozinho, mas sempre ao lado da irmã Sandra de Souza.
De acordo com a funcionária, a irmã de Edson não clinicava todos os dias. Ela não sabe dizer se o psicólogo cassado chegou a realizar atendimento sozinho.
Na Capital, Edson também prestava atendimentos na Escola de Equitação, localizada na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).
Fonte: CG News
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